O presidente Jair Bolsonaro abriu, na manhã desta terça-feira (24), a 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em discurso que durou pouco mais de meia hora, ele falou sobre a Amazônia, criticou governos anteriores e abordou questões indígenas.
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Ao tratar do tema Amazônia, Bolsonaro afirmou que é um equívoco dizer que a floresta é patrimônio da humanidade e se referir a ela como pulmão do mundo. Sem citar diretamente a França, o presidente brasileiro disse que “valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”.
Em seguida, Jair Bolsonaro elogiou a postura de “respeito à liberdade e à soberania” do presidente americano Donald Trump e afirmou que tem “compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável”.
O presidente brasileiro citou Cuba e criticou o programa Mais Médicos, alegando que os profissionais não tinham capacitação suficiente. Segundo ele, o Brasil deixou de enviar à Havana (capital cubana) mais de 300 milhões de dólares por ano. Bolsonaro também destacou que EUA e Brasil trabalham para reestabelecer a democracia na Venezuela.
Ao destacar questões indígenas, o chefe de Estado brasileiro disse não ampliará o percentual do território com terras indígenas e afirmou que o posicionamento de um líder (referindo-se ao cacique Raoni) não representa o pensamento de todos os índios do país. Na sequência, Bolsonaro leu uma carta do Grupo de Agricultores Indígenas do Brasil em apoio à indígena Ysani Kalapalo, que esteve presente na cerimônia.
A intenção, segundo ele, é mostrar aos líderes internacionais que não existe apenas uma autoridade entre os índios. O cacique Raoni, líder indígena do povo caiapó, é conhecido internacionalmente. Em maio, esteve com Emmanuel Macron, com o Papa Francisco e no Festival de Cannes buscando apoio para a preservação da Amazônia.
Antes de terminar seu discurso, Bolsonaro disse ainda que agora há tolerância zero para terroristas que se refugiam no Brasil afirmando serem perseguidos políticos.
Por último, ao criticar ideologias que, segundo ele, “deixaram um rastro de morte, ignorância e miséria”, citou a ocasião em que sofreu uma tentativa de assassinato durante a campanha presidencial de 2018.
Tradicionalmente, o chefe do Poder Executivo brasileiro é responsável por fazer o primeiro pronunciamento na Assembleia Geral das Nações Unidas. Jair Bolsonaro foi o 8° presidente a abrir a reunião.
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