Uma grávida sobreviveu às perigosas águas da enchente provocada pela passagem do furacão Helene pela Carolina do Norte (EUA) boiando num colchão com o seu cão por cerca de 8 horas.
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Emily Russell, que deve dar à luz em apenas algumas semanas, ficou presa dentro da sua casa, em Swannanoa, por horas na sexta-feira, sem saber se a ajuda estava a caminho — e enquanto os níveis de água continuavam a subir.
"Eu realmente pensei que fosse me afogar na minha própria casa", disse Russell à emissora WXII 12. "Era como se você estivesse presa numa ilha. Eu simplesmente não sabia o que fazer. Não havia como sair de casa naquele momento", acrescentou ela sobre o episódio assustador ocorrido na última sexta-feira (27).
A rápida subida das águas da enchente forçou Russell e seu cachorro a subir em cima de um colchão flutuante dentro de casa — onde ficaram presos por quase oito horas na esperança de serem salvos, relatou ela.
A futura mamãe observou de uma janela enquanto carros e trailers flutuavam perto da sua casa, onde mora desde criança, e, mais tarde, ouviu parte de sua casa desabar.
"Quando você começa a ouvir isso, é quase como um filme. E então a porta da frente, a água a empurrou para dentro e ela empurrou a porta dos fundos. Em 30 segundos, a água estava até o pescoço", recordou a americana.
"Você vai do sentimento mais assustador para quase paz porque já estava com muito medo e seu corpo está ficando frio por estar na água", acrescentou ela.
David, o marido de Emily, finalmente conseguiu alcançá-la após longas horas de agonia. A gestante disse:
"No minuto em que o vi, pensei: 'Esta é minha única chance de sair.' Então, eu e o cachorro fomos pelo jardim da frente, mas as correntes eram tão fortes que só consegui andar uns 3 metros. Tive que gritar: 'Não consigo mais andar ou ela (a corrente) vai me levar.'"
O marido teve que ir ao encontro de Emily e resgatá-la, juntamente com o cão da família.
Apesar das incertezas (o filho chegando e o marido sem trabalho) que atingem o casal após o furacão, Emily afirmou ter tido "muita sorte por estar viva".
O Helene matou ao menos 200 pessoas nos EUA. Outras centenas estão desaparecidas.
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