Uma mulher de 27 anos foi linchada após ser acusada de matar a própria filha, um bebê de apenas dois meses, em um Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco, no Acre nessa segunda-feira (24). De acordo com a Polícia Civil (PC), ela foi identificada como Yara Paulino da Silva.
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Também nessa segunda, a PC, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmou que a ossada encontrada em uma área de mata no Conjunto não pertence a um ser humano, mas sim a um animal, possivelmente um cachorro.
De acordo com moradores da região, devido ao boato que rondou a cidade, a mulher foi espancada com golpes de ripa e machado após ter sido retirada de dentro de casa por membros de uma facção criminosa, que supostamente souberam da morte.
“Havia a suspeita de que um corpo de criança tivesse sido encontrado na região, mas a equipe do IML esclareceu que os restos mortais pertenciam a um animal”, disse a PC por meio de nota.
Ainda segundo a polícia, as investigações seguem em andamento para esclarecer se a suposta filha de Yara Paulino realmente existia e, caso confirmado, onde ela está.
Restos mortais foram encontrados em saco de ração
Durante a investigação, os restos mortais foram encontrados dentro de um saco de ração. Segundo o pai da criança, ele disse que está separado da mulher há mais de dois meses e que ela era usuária de drogas.
O delegado responsável pelo caso, Leonardo Ribeiro, falou sobre a necessidade de cautela diante de informações não verificadas.
“Estamos diante de um crime bárbaro que pode ter sido motivado por um boato sem fundamento. A equipe da DHPP segue ouvindo testemunhas para esclarecer os fatos, localizar o suposto pai da criança e verificar se a vítima realmente tinha uma filha e qual o paradeiro dessa criança”, disse ele.
Desaparecimento da criança
Segundo os moradores da região, a criança foi dada como desaparecida há mais ou menos uma semana, quando uma foto da bebê foi enviada em um grupo de mensagens do Conjunto.
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