Por Eberth Lins
A cracolândia que se formou nas proximidades da antiga rotatória da Polícia Federal de Alagoas (PRF), na parte alta de Maceió, foi palco de mais um caso de extrema violência. Uma mulher foi encontrada morta e com parte do corpo queimado, nesta quinta-feira (12), dentro de um galpão abandonado na região conhecida como "Favela da Federal", que fica no bairro Santos Dumont.
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A barbárie praticada contra a mulher teve altos requintes de crueldade: ela foi assassinada com os braços amarrados, sem que pudesse reagir, teve a cabeça queimada e um vergalhão atravessado no pescoço. A mulher foi identificada como Samira Ferreira dos Santos, de 22 anos. Antes de ser morta, teria sido estuprada e foi encontrada ainda com as partes íntimas sangrando, informou a Polícia Militar à reportagem.
Em entrevista ao TNH1, o coronel Jaziel Andrade, do 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM), falou da dificuldade de identificar a vítima. "Não foi encontrada nenhuma documentação e ela está com o rosto completamente desfigurado do fogo, o que torna difícil esse processo de identificação. Ela foi reconhecida pela irmã, a partir de uma tatuagem na perna. A irmã contou aos policiais que elas são do interior de Alagoas e teriam vindo morar em Maceió em busca de uma vida melhor, antes dela se envolver no mundo das drogas e passar a morar na região da Favela da Federal", disse.
O corpo da mulher foi encontrado por populares por volta das 8h da manhã e, segundo informações iniciais, ela era usuária de drogas. "Infelizmente, aquela região virou uma cracolândia, um problema de saúde pública e é comum que os usuários se 'digladiem' por drogas, normalmente as brigas e mortes tem relação com dívidas", frisou o coronel.
A reportagem foi informada que, ao final da manhã desta quinta-feira, a Polícia Militar (PM) ainda estava no local para os primeiros levantamentos. Equipes dos Institutos de Criminalística (IC) e Médico Legal (IML) também foram acionadas para os procedimentos cabíveis. O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Outro caso - Em abril do ano passado, uma mulher identificada como Claudineia Lima dos Santos, 42 anos, a "Maga de Satuba", foi morta na mesma cracolândia, com três golpes de faca, dados por uma colega usuária de drogas. A vítima também vivia em situação de rua e fazia programas sexuais para custear o vício em crack. No dia do crime, segundo a polícia, enquanto fazia uso de entorpecente, Maga de Satuba teria se desentendido com uma colega e sido vítima das facadas.
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