O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas divulgou, no início da tarde desta quinta-feira (16), que protocolou uma denúncia para investigar o acidente que causou a morte de um trabalhador durante a obra de recapeamento em um trecho da Avenida Durval de Góes Monteiro, em Maceió.
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As informações foram encaminhadas para autuação da denúncia, que será distribuída a um dos procuradores do MPT.
"O MPT em Alagoas também segue investigando outras denúncias de acidentes de trabalho, dentre elas as denúncias relatadas em notícias publicadas pela imprensa no início deste ano. A instituição ressalta que as empresas possuem obrigação - prevista em lei - de garantir medidas voltadas à Saúde e à Segurança de seus trabalhadores e alerta que os empregadores podem ser responsabilizados diretamente pelos acidentes ocorridos", disse a nota.
A obra de recapeamento, no trecho da Durval de Góes Monteiro, é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O TNH1 entrou em contato com o órgão e aguarda posicionamento.
O caso - Um homem morreu soterrado na madrugada desta quinta-feira (16), enquanto trabalhava na Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió. A vítima estava trabalhando na obra de recapeamento da avenida, em um caminhão carregado de areia, quando caiu e foi soterrado.
Em entrevista à TV Pajuçara, o tenente do Corpo de Bombeiros, José Alexandre, deu mais detalhes sobre o acidente. “Ele foi engolido e asfixiado pela areia, além de pressurizado pela máquina. O corpo não teve lesões, mas foi comprimido pela areia”.
Ainda segundo o militar, os colegas de trabalho não perceberam a ausência do homem e só notaram que a vítima estava soterrada no momento que o sapato dele começou a aparecer no local que tem a vazão de areia.
O tenente também explicou que há a suspeita que o trabalhador não estava com todos os equipamentos necessários. “Aquela máquina tem uma tela que a areia bate nela e desce, e também um fio de amarração, para que caso o trabalhador caia não seja arrastado. Quando o observei lá, ele não estava com nada disso”.
Os militares do bombeiros tiveram que cavar dentro da máquina para conseguir realizar a retirada do corpo e acionaram o Instituto Médico Legal (IML) para o recolhimento.