Segundo entendimento do Ministério Púbico Federal em Alagoas, podem ultrapassar os R$ 20 bilhões calculados de início a obrigação da Braskem pelo desastre ambiental causado em Maceió, desencadeado em março de 2018, com o afundamento do solo em cinco bairros da cidade – Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Cambona e parte do Farol.
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“Todos os acordos celebrados com a participação do MPF possuem cláusulas que consideram a dinamicidade do evento e a possibilidade de agravamento da situação ou de mudança de cenários, sendo prevista a possibilidade de repactuações e ampliação de objeto”, revela o MPF através de nota.
O fechamento da questão sobre a exploração de sal-gema em Maceió pela Braskem, que ocorre há cerca de 50 anos, depende da avaliação final dos danos causados às vítimas, ao município e ao Estado, além da estabilização das minas e da finalização do processo de fechamento dessas minas, o que ainda não ocorreu.
A petroquímica, por sua vez, calcula até agora em R$ 14,4 bilhões o total final das indenizações, incluindo os valores já pagos às pessoas prejudicadas e R$ 1,7 bilhão pactuados com a Prefeitura de Maceió.
Nesta quarta-feira, 10, Marcelo Arantes, diretor da empresa, admitiu, ao ser ouvido na CPI da Braskem em andamento no Senado Federal, que a indústria é responsável pelo desastre ambiental:
“A Braskem tem sim a contribuição e é responsável pelo evento acontecido em Maceió. Não é à toa que todos os esforços da companhia têm sido para mitigar e compensar todo dano causado.”
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