MPE pede à Deic que investigue autores de fakenews sobre o Pinheiro

Publicado em 28/03/2019, às 11h10
Promotor José Antônio Malta Marques | TNH1 - Erik Maia
Promotor José Antônio Malta Marques | TNH1 - Erik Maia

Por Erik Maia e Dayane Laet

Em audiência pública nesta quinta-feira (28), na Câmara de Vereadores de Maceió, para discutir a situação dos bairros com problemas no solo, o representante do Ministério Público Estadual (MPE-AL), promotor José Antônio Malta Marques confirmou que já expediu um pedido de abertura de inquérito para identificar os responsáveis por espalhar mentiras pelas redes sociais – as conhecidas fake News – que tratam do Pinheiro e adjacências.

Segundo Malta Marques, a investigação será realizada pela Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic). “Queremos punir civil e criminalmente quem está espalhando mentiras e causando ainda mais pânico nos moradores da região”, disse o promotor ao TNH1.

Um dos falsos alarmes feitos nas redes sociais é um texto que inicia com a seguinte frase: "Não quero causar terror, nem espalhar notícias falsas", mas adiante declara: "Maceió vai desaparecer". Ao final do texto, o autor incluiu links de duas reportagens, uma do TNH1 e outra do G1, para dar a ideia de veracidade ao que ele escreve, mas nenhuma das matérias confirmam o que traz o texto fake.

Em fevereiro, informações semelhantes foram compartilhadas por meio de um áudio em que um homem, supostamente identificado como Cláudio, relatava ter ouvido a conversa de um ‘secretário’, que afirmava que o bairro Pinheiro estava para cair em um buraco e que o problema se estenderia para outras partes de Maceió. Na época, o tenente-coronel e coordenador da Defesa Civil Estadual, Moisés Pereira, classificou a ação como inconsequente, irresponsável e criminosa.

A audiência pública foi proposta pelo vereador Cleber Costa. Foto: TNH1 - Erik Maia

Moradores cobram medidas para o bairro

Representante do movimento SOS Pinheiro, o moarador Geraldo Vasconcelos também participou da audiência e reclamou da falta de ações dos órgãos públicos. “Estamos vendo o tempo passar e nenhuma data precisa que aponte o início de medidas práticas”, reclamou. “Objetividade é tudo que não tivemos até agora”, acrescentou Vasconcelos.

Autor da proposta de debate, o vereador Cleber Costa (PP) observou que o decreto de calamidade pública vai ajudar a prefeitura a administrar a situação. “Profissionais que participam do comando de crise do Governo Federal vão unir esforços com órgãos municipais, como a Defesa Civil, para monitorar as áreas de risco. Também queremos mais celeridade por parte da CPRM, para a divulgação dos laudos o quanto antes”, concluiu o vereador.

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