MP/AL quer perícia em carro que colidiu e matou servidor público na Jatiúca

O Ministério Público Estadual (MPE) ainda aguarda a conclusão de diligências para se posicionar acerca do caso Edmo Rui Santana. A afirmação foi do promotor Marcos Mousinho, que reforçou o pedido para a realização de uma perícia no velocímetro do veiculo do empresário, que teria atingido, os 170 km/h, provocando a morte do servidor público Daniel Araújo Monteiro, na antiga Avenida Amélia Rosa, em Maceió, no mês de fevereiro. O pedido foi feito durante a primeira audiência de instrução do caso, realizada nessa terça-feira (8), no Fórum da capital.

De acordo com Mousinho, a velocidade fixada no painel do carro no momento do acidente não é, necessariamente, prova concreta de que aquela era a velocidade real no momento da colisão. Só após essa confirmação, é que o MPE vai se posicionar se o caso vai a júri popular, e Edmo responderia, ou não, por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

“Uma perícia é necessária, até porque, em casos assim, é preciso de uma probatória. Um laudo técnico mais preciso é insdispensável, até porque, durante a audiência de instrução, Edmo alegou estar com o veículo a 70km/h. Só podemos ter um posicionamento após essa confirmação”, afirmou.

Outra inspeção pedida pelo MPE foi à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), para contestar a informação passada pelo empresário de que o semáforo da avenida Amélia Rosa estaria intermintente. Além dos dois laudos, um terceiro foi pedido, referente ao laudo do Instituto de Criminalística feito no local do acidente. Apesar da importância, Mousinho não soube informar o prazo para a conclusão das diligências.

O acidente

Edmo Rui Santana foi preso preventivamente dias após ter causado o acidente que vitimou o servidor público Daniel Araújo Monteiro, de 56 anos, na antiga Avenida Amélia Rosa bairro de Jatiúca, em Maceió. A colisão foi registrada por volta das 8h do dia 1º de fevereiro e envolveu um veículo Fiat Idea, conduzido pelo acusado, e um Cruze, conduzido pela vítima.

De acordo com testemunhas, Edmo teria desrespeitado o sinal vermelho em um cruzamento da via, e colidido com a lateral do outro carro.

Segundo depoimentos de pessoas que presenciaram o acidente, que constam no processo, o empresário dirigia em velocidade acima da máxima permitida para a via. Durante o socorro médico, ele ainda confessou ter ingerido bebida alcoólica e feito uso de drogas. Um teste de alcoolemia feito pelo acusado, na sede do Batalhão de Polícia de Trânsito, apontou a presença de 0,31 miligramas de álcool por litro de sangue.