Depois de declarações no mês passado por parte do governo do Estado de que os índices de violência haviam sofrido uma queda em Alagoas, uma série de homicídios registrados nesta semana assustam a população e parecem questionar o discurso oficial. Hoje mesmo o governador Renan Filho já previu um mês com saldo "negativo".
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Os vários episódios de violência chamaram a atenção a Comissão de Direitos Humanos da Seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), que se reúne nesta sexta-feira, 29 para debater o avanço da violência com foco em mortes durante confrontos com a polícia. A CDH também vai tratar das mortes por justiçamento, quando a própria população faz "justiça com as próprias mãos".
Um dos episódios mais violentos aconteceu na última terça-feira, quando três pessoas foram mortas após tentarem roubar um carro de um policial, no bairro do Mutange.
Segundo o advogado Ricardo Moraes, presidente da Comissão, é preciso monitorar os casos para que não se banalize a violência, e da reunião, poderá sair uma encontro com o secretário de Segurança Pública, Lima Junior.
A Comissão analisa possíveis excessos, considerando casos como o de terça-feira, no Mutange, quando os assaltantes tiveram o corpo crivado de balas enquanto o policial teria recebido apenas um tiro. "Pelas imagens aparente não ter sido uma ação proporcional. Mas vamos pedir uma investigação para apurar se houve excesso. Mas se a investigação comprovar a ação legítima, terá que se aceitar", disse.
"São vários episódios e é preciso ficar vigilante para se evitar excessos. A polícia está fazendo o trabalho dela, e cabe aos Direitos Humanos monitorar", o presidente da Comissão.
Ricardo Moraes também se mostrou preocupado com um possível justiçamento ocorrido na Feirinha do Tabuleiro, onde um assaltante teria sido morto por populares.
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