Por TNH1 com TV Pajuçara
A Polícia Civil de Alagoas instaurou inquérito para apurar a denúncia de que venenos estão sendo colocados pela Braskem nas ruas do Pinheiro e de Bebedouro, bairros afetados pela instabilidade do solo. Esta seria a causa de envenenamento e morte de gatos na região.
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À TV Pajuçara, Sandra Catão, responsável pela ONG SOS Pet Bebedouro, destacou que o veneno colocado para matar roedores pode estar sendo consumido pelos felinos abandonados.
"Eles estão vulneráveis. Eles moram nas ruas, não têm abrigo, foram abandonados pelos seus tutores. A gente luta na Justiça para que a Braskem faça um abrigo para esses animais. Ultimamente, percebemos que foram instaladas caixas com venenos para roedores e, estrategicamente, as caixas estão nos pontos de alimentação dessas colônias", disse.
"Antes de ontem foi encontrado um animal morto próximo dessas caixas. Então a gente vem aqui para que a Braskem possa esclarecer o porquê estão preocupados em instalar as caixas de veneno já que não mora ninguém no bairro, está completamente desabitado, enquanto os animais abandonados nas ruas, eles não decidiram ainda em fazer o abrigo", continuou Sandra.
A representante da ONG declarou também que esteve na Delegacia de Crimes Ambientais nessa sexta-feira, conversou com o delegado Leonam Pinheiro, e registrou Boletim de Ocorrência.
"Contamos 14 mortes de animais confirmadas, que encontramos os corpos, mas tiveram outros animais que desapareceram que a gente subentende que foram mortos, por ventura entraram em casas tamponadas e morreram dentro delas. São animais que alimentamos todos os dias e conhecemos há muitos meses".
Além de Bebedouro, alguns voluntários que levam comida diariamente para alimentar os gatos de rua no Pinheiro também perceberam a presença de animais mortos em ruas e calçadas. A ONG do bairro, SOS Pet Pinheiro, também já toma as devidas providências para a investigação dos casos.
Braskem diz que método garante segurança dos animais
Em nota, a Braskem disse que faz um trabalho permanente de zeladoria nos bairros desocupados e o controle de pragas é feito para evitar a proliferação de roedores, insetos e mosquitos transmissores de doenças. O serviço é realizado por uma empresa terceirizada contratada pela Braskem.
Ainda de acordo com o comunicado, o método escolhido para o controle de roedores é amplamente utilizado, pois é projetado para garantir a segurança de outros animais. A empresa reforçou que o modelo de porta isca possui uma trava de segurança na tampa e o fechamento é reforçado com um lacre que não pode ser rompido por animais. Além do travamento duplo, ele é fixado no solo.
Por fim, a mineradora garante que o produto fica fechado em seu interior em haste de ferro. Mesmo que o gato conseguisse acessá-lo, segundo a Braskem, seria necessário que ele consumisse 100 unidades para ser afetado.
Veja a reportagem do programa Cidade Alerta Alagoas na íntegra:
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