Moradores do bairro Mutange e região lagunar de Maceió realizam na manhã desta segunda (25) um protesto pacífico em frente a uma das plantas da Braskem, na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro.
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Eles pedem a suspensão dos serviços da empresa por conta das notícias que apontam a possível relação entre a mineração e o afundamento de solo nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
De acordo com um dos moradores, que se identificou só como Arnaldo, a preocupação com os riscos do problema só aumenta. "Queremos a paralisação de maneira preventiva das atividades da Braskem até que tudo seja esclarecido", pede.
A Polícia Militar, por meio do Gerenciamento de Crises, acompanha a manifestação e informou à TV Pajuçara que intermediou uma reunião entre uma comissão de moradores e o promotor de Justiça José Antonio Malta Marques, às 9h30, na sede do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do MPE, na Avenida Fernandes Lima, no Farol.
"Queremos a mesma equipe aqui fazendo o levantamento das nossas áreas também", cobram os moradores, sobre os estudos do Serviço Geológico do Brasil.
A Prefeitura de Maceió pretende decretar estado de calamidade nos três bairros afetados por rachaduras e que podem sofrer danos com afundamentos em Maceió.
A Braskem informou, por meio de nota, que os estudos sobre o afundamento ainda estão em andamento e que "continua apoiando e contribuindo de forma transparente com a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Defesa Civil Federal, Estadual e Municipal, Ministério Público Federal e Estadual, dentre outros órgãos, visando o devido esclarecimento".
A empresa ainda disse que respeita a manifestação. "A Braskem [...] compreende e apoia o sentimento da população para que sejam identificadas as causas dos eventos que impactam o bairro do Pinheiro e também geram preocupação a esses bairros adjacentes".
A Braskem reafirma seu compromisso com as pessoas, com a segurança de suas operações e com uma atuação empresarial responsável.