Quem mora nos conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre, localizados na parte alta de Maceió, e precisou sair de casa usando o transporte público na manhã desta segunda-feira (16), precisou de paciência para entender que as linhas de ônibus que atendem a região foram unificadas.
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Antes os coletivos via centro saíam independente dos conjuntos, mas após a determinação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), com a junção das linhas, foi criado o Graciliano Ramos, via Village – Centro, o que segundo moradores, aumentaria em cerca de meia hora no trajeto diário.
Além da demora, os usuários também argumentam que ao deixar um conjunto em direção ao outro, o ônibus já segue cheio, causando ainda mais desconforto. “Além de demorar mais para chegarmos ao destino, ainda vamos apertados no coletivo lotado”, disse um dos moradores durante entrevista à TV Pajuçara.
Procurada pelo TNH1, a assessoria da superintendência emitiu uma nota em que afirma que as mudanças no itinerário dos ônibus que atendem os conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre vão aumentar o número de viagens dos coletivos.
"As alterações foram feitas de acordo com o previsto no edital da licitação do transporte coletivo ocorrida em 2015. A SMTT informa ainda que as mudanças foram apresentadas às comunidades, por meio dos líderes comunitários e associações. De acordo com a superintendência, são previstos, pelo menos, 20 dias de testes do novo itinerário para que sejam feitas adequações, caso haja necessidade".
A empresa Real Alagoas também encaminhou nota ao TNH1 sobre a manifestação:
A empresa Real Alagoas vem a público se manifestar sobre o protesto dos moradores dos Conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre que impedem que os 40 veículos saiam dos terminais de ônibus desde a manhã desta segunda-feira (26).
O principal objetivo da mudança dessas linhas é melhorar o intervalo entre as viagens e otimizar o sistema de transporte na região, mudança que acarreta também na redução de sobreposição de linhas.
As mudanças foram realizadas após um estudo técnico feito pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito - SMTT, para que fosse cumprido uma exigência que consta no contrato de licitação das empresas assinado em 2015 junto à Prefeitura de Maceió.
A Real lamenta que a população não tenha sequer testado as mudanças, já que nenhum dos 40 veículos chegou a sair dos terminais para realizar as viagens no dia de hoje.
Diariamente essas linhas transportam mais de 20 mil passageiros. A empresa ainda não tem uma estimativa de prejuízo.
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