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Desde a proclamação da vitória de Lula (PT), em 2022, para seu terceiro mandato de presidente da República, o papel das Forças Armadas tem sido questionado.
Tanto por partidários do presidente derrotado, Jair Bolsonaro (PL), que defendiam a interferência dos militares diante de suspeitas na apuração dos votos, quanto por boa parte de ministros dos tribunais superiores, que questionam a participação de setores da caserna que respaldaram as manifestações de bolsonaristas durante de depois da eleição.
Nesta 2a feira, 4, durante evento em São Paulo, o presidente do STF, colocou mais lenha na fogueira, como revela o portal “O Antagonista”:
“O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira, 4, que as Forças Armadas foram politizadas por uma má liderança e fizeram ‘um papelão’ na política. A declaração foi dada durante evento promovido pela Faculdade de Direito da PUC-SP e pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto, no Teatro Tuca, em São Paulo.
‘Eu tenho o maior respeito pelas Forças Armadas. Porém, foram manipulados e arremessados na política por más lideranças, fizeram um papelão no TSE. Convidados para ajudar na segurança, para dar transparência, foram induzidos por uma má-liderança a ficarem levantando suspeitas falsas quando a lealdade é um valor que se ensina nas Forças Armadas’, disse Barroso.
Em sua manifestação, ele ressaltou que desde 1988 os militares tiveram um comportamento exemplar no país, de ‘não ingerência, de não interferência e de cumprir as suas missões constitucionais’. Mas definiu a politização das Forças Armadas como ‘uma das coisas mais dramáticas para a democracia’.
‘Portanto, foram momentos muito difíceis que nós vivemos no Brasil’, declarou.
Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Barroso fez críticas à gestão do Executivo por conta de pautas como a demarcação de terras indígenas, a paralisação do Fundo Amazônia e o negacionismo durante a pandemia.
‘Nada do que estou falando é uma opinião, tudo que estou falando são fatos objetivos’, completou.
Os militares ventilaram pela imprensa nos últimos dias o incômodo com a condução das investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado. O vazamento de informações sigilosas, a que até os investigados não têm acesso, é um dos maiores motivos de irritação.
Os advogados de Bolsonaro, por exemplo, voltaram a reclamar no fim de semana depois de vazarem trechos do conteúdo do depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.”
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