O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella (PR) provou que não há obstáculos intransponíveis quando o assunto é política. Em fotos divulgados pela imprensa local, o ministro aparece pulando uma cerca para entrar em uma escola onde acontecia, no último domingo, a convenção do PMDB que iria escolher o candidato à prefeitura da pequena Palestina, cidade a cerca de 200 km da capital, Maceió.
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Quem presenciou a destreza do ministro de Temer no Sertão alagoano conta que ele pousou o helicóptero no estádio de futebol local, mas encontrou a porta de saída fechada. O estádio fica vizinho à escola onde acontecia a convenção. Insistente, Quitella contou com a ajuda dos correligionários que o ajudaram na empreitada.
Em seu perfil no Facebook, o ministro queixou-se da recepção que teve até falta de energia elétrica. Na postagem, Quintella conta que ficou sabendo que a prefeita da cidade, Eliane Silva Lisboa, a "Lane Cabudo", não teria autorizado seu trânsito pelo local.
"Chegando em Palestina para a convenção de meu partido, fui surpreendido por dois fatos inusitados; primeiro na chegada, não pude sair do campo de futebol, fechado a correntes e cadeados (pelas informações,a Prefeita não "autorizou" a minha passagem!), fui obrigado a pular o muro para que os convencionais contrariados não quebrassem o portão; depois na escola onde se realizaria o ato, a energia foi cortada para me cassar a palavra, discursei assim mesmo num som improvisado. Falta de civilidade e espírito democrático, ainda temos muito, mas muito mesmo a evoluir", queixou-se.
Na convenção foram escolhidos os nomes de Júnior Alcântara (candidato a prefeito) e Marcelo Alcântara (vice), na chapa adversária da atual gestão.
SITUAÇÃO VEXATÓRIA
Em nota, a prefeita da cidade disse que não houve comunicado ou solicitação para pouso e/ou decolagem de aeronave no domingo, nem as autoridades foram comunicadas da chegada o ministro. "caso soubessem, logicamente que o ministro teria sido recepcionado de forma adequada", disse.
"A falta de comunicação dos responsáveis pela convenção, ao qual o ministro veio prestigiar, é quem o expôs ao ridículo, colocando-o em posição vexatória. (...) Quanto à falta de energia elétrica na escola citada pelo ministro em um comunicado nas redes sociais, lembramos que se trata da escola estadual Manoel Pereira Filho, ficando então, sob a seara do governo do estado a sua manutenção. Jamais teríamos a capacidade de usar de subterfúgios escusos para calar a voz de quem quer que seja", alegou a prefeita na nota.
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