Ministério Público denuncia Albino Santos de Lima, o 'serial killer de Maceió", por 3 homicídios

Publicado em 24/01/2025, às 13h36
Albino Santos de Lima em depoimento à Polícia Civil de Alagoas - Reprodução / TV Globo
Albino Santos de Lima em depoimento à Polícia Civil de Alagoas - Reprodução / TV Globo

Por Ascom MP-AL

Com provas oficiais apresentadas no laudo pericial da Polícia Científica e a conclusão do inquérito, não restam dúvidas para o Ministério Público de Alagoas (MPAL) de que Albino Santos de Lima, 42, apontado como “serial killer” de Maceió, é o autor dos disparos que levaram a óbito Tamara Vanessa dos Santos, e atingiram um casal, no dia 8 de junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa. Dessa forma, entendendo o grau de periculosidade, por também ser a ele atribuído outros homicídios, o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas ofertou denúncia contra o agora acusado, nessa quinta-feira (23).

Ele residia a cerca de 800 metros dos locais dos crimes, é considerado pela polícia o maior serial killer da história do estado, com um total de 10 vítimas confirmadas até o momento: sete do sexo feminino e três do masculino.

Para o membro ministerial, a necessidade de manutenção da prisão preventiva é de extrema necessidade para impedir que o suspeito coloque mais planos em prática.

“Já foi constatado que o suspeito não tem a menor condição de viver em sociedade, de que lhe oferece riscos, vistas as ações criminosas, em sequência, comprovadamente a ele direcionadas. Nesse caso, especificamente, o Ministério Público oferta denúncia por sua participação em um homicídio e mais duas tentativas, mas poderíamos ter o registro de um triplo homicídio já que, de uma só vez, colocou como alvo três pessoas. O exame balístico provou que os projéteis que atingiram as vítimas eram compatíveis com a arma utilizada pelo denunciado, apreendida no momento da sua prisão”, ressalta o promotor Vilas Boas.

O homem se intitulava como justiceiro e para justificar as barbáries cometidas asseverou , durante as oitivas, que as escolhia para executar por não terem comportamentos decentes e ligação com o tráfico de drogas, o que foi totalmente descartado durante as investigações. 

Qualificadoras - No documento é destacado que o denunciado agiu utilizando de recursos que impediram a defesa das vítimas, que o crime aconteceu com torpeza, pois havia o sentimento de cometê-lo com justiçamento no extermínio de pessoas, de preferência jovens que, na sua obsessão, colaboravam com a criminalidade ou seriam prostitutas.

Durante as investigações foi descoberto que o denunciado tinha repulsa a pessoas do sexo feminino, inclusive organizava pastas com nomes pejorativos para identificar os seus alvos, além de armazenar os números de contato das vítimas, todas mulheres.

Atualmente o denunciado se encontra recolhido no sistema prisional e, para o Ministério Público, diante da quantidade de crimes em série, notadamente dolosos contra a vida, sua liberdade pode ser considerada grande perigo havendo toda a possibilidade de perturbar a ordem pública.

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