Mia Khalifa: atriz demitida por apoiar ataque do Hamas em Israel acumula polêmicas

Publicado em 12/10/2023, às 23h40
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por Estadão Conteúdo

O nome de Mia Khalifa ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais após a ex-atriz de filmes eróticos comemorar o ataque do grupo palestino Hamas, em Israel. Mia foi demitida depois de suas declarações polêmicas.

No Twitter, ela comparou imagens dos terroristas em Israel a um "quadro renascentista" e pediu que os bombardeios fossem filmados na horizontal. Então, Todd Shapiro, CEO da Red Light Holanda, empresa que comercializa cogumelos alucinógenos e que contratou a atriz como consultora, a demitiu via Twitter.

Playboy também rompeu vínculos com a atriz ao anunciar a remoção de seus vídeos no site. No entanto, essa não é a primeira vez que falas de Mia geram polêmicas. No Brasil, o nome da atriz já rendeu memes em meio a CPI da covid, em 2021.

Quem é Mia Khalifa?

Mia nasceu em 10 de fevereiro de 1993, no Líbano e se mudou para os Estados Unidos em 2000. Ela trabalhou como atriz entre os anos 2014 e 2015.

Khalifa se tornou conhecida em 2014 após aparecer em um vídeo erótico usando um hijab (véu usado por algumas mulheres muçulmanas para cobrir a cabeça). Isso desencadeou ameaças de morte por parte do Estado Islâmico.

Em 2019, ela explicou como entrou na indústria pornográfica em uma entrevista à BBC: "Me disseram: você é linda, gostaria de fazer uns trabalhos como modelo? Bem, é que você tem um corpo lindo. Mais tarde, quando fui ao estúdio, encontrei um lugar muito respeitável, magnífico, em Miami. Todos os quartos eram decorados com fotos de família. Como se não fosse nada duvidoso ou que me deixasse desconfortável".

Depois do ocorrido, ela passou a trabalhar como influenciadora digital por sentir que a carreira como atriz custou a sua privacidade. No Instagram, ela acumula mais de 27 milhões de seguidores.

"Sinto como se as pessoas pudessem ver através da minha roupa e me sinto profundamente envergonhada. Tenho a sensação de que perdi direito a toda a minha privacidade. E perdi, porque estou a um clique de distância no Google", disse na entrevista.

Em 2017, seu nome passou a circular pelo noticiário brasileiro por um motivo inusitado. O brasileiro Fernando Andrade decidiu tatuar o rosto de Mia e compartilhou nas redes sociais.

A repercussão ficou por conta do comentário da própria atriz na publicação:

"(...) Que tipo de idiota marcaria seu corpo permanentemente com isso? Isso não é legal, ou lisonjeante... Você é um idiota [risos]. Boa sorte explicando isso para outras pessoas significativas. Idiota."

Depois, em 2021 ela foi um dos memes gerados a partir da CPI da covid-19. Isso porque o senador Randolfe Rodrigues acusou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de negociar as vacinas da CoronaVac com uma empresa de produtos eróticos e não o Butantan

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) também alegou que uma "atriz de filme adulto" era diretora da empresa que fez testes com a cloroquina e não recomendou o remédio para tratar covid-19 No Twitter, Randolfe mencionou a atriz: "Corre aqui Mia Khalifa! Acho que estavam te usando de cortina de fumaça!". E ela respondeu: "Vocês estão em crise… Estou a caminho". O tweet tem mais de 50 mil curtidas.

Outra polêmica com o nome de Khalifa envolve Anitta. Mia questionou a decisão que favoreceu a brasileira durante a premiação do MTV VMA no mês passado. Para ela, Karol G deveria ter sido a vencedora da categoria Melhor Videoclipe Latino.

"Karol G foi roubada", escreveu ela. "Qualquer outra decisão além de recompensá-la é puramente política para aplacar um público mais amplo que a MTV está tentando alcançar", escreveu Mia no Twitter.

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