“Meus netos ainda acham que ela vai voltar”, diz mãe de jovem que foi morta a facadas pelo namorado

Publicado em 15/08/2016, às 15h15

Por Redação

“Meus netos ainda acham que a mãe vai voltar”. A frase é da dona de casa Janilda Rodrigues da Silva em entrevista ao TNH1, na tarde desta quarta-feira, durante o julgamento de Ruddy Hellen Honorato da Silva, acusado de ter matado a facadas a filha dela, Stephanie Rodrigues da Silva, na frente dos filhos do casal, em março de 2015.

“Minha vontade é mudar de estado, começar de novo, virar a pagina", disse Janilda Rodrigues. Segundo ela, Ruddy Hellen sempre batia em Stephanie, mas ela não prestava queixa. A mãe, que se emocionou muito durante o julgamento, disse ainda que a filha, Stephanie, se prostituía e que o acusado tinha várias namoradas, mas apesar disso, nunca deixava a filha em paz.  

Já o réu Ruddy Hellen Honorato da Silva afirmou em depoimento à juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, que preside o julgamento, que Stephanie havia tentado matar a  sua atual esposa e a filha dele.

“Ela postou no Facebook uma foto da minha princesa com a legenda ‘meu projeto de piriguete’. Isso me revoltou. Confesso que matei a Stephanie, mas não lembro como por causa do remédio que tomei. Eu fui desarmado pra casa dela", disse Ruddy Hellen.

O promotor Anderson Cláudio Barbosa explica que vai tentar enquadrar o réu pelo crime de homicídio triplamente qualificado. "Ele premeditou o crime, passou o dia bebendo e foi à casa da vítima de madrugada, tem mensagens de celular ameaçando de morte. Não ofereceu defesa nenhuma a vítima e ainda teve motivo torpe, banal", conclui. 

Já o defensor Marcelo Barbosa Arantes, afirma que a defesa vai tentar derrubar essa tese. "Era um relacionamento conturbado, onde os dois se agrediam e as testemunhas afirmam que ela fazia da vida dele um inferno, se houver condenação queremos uma condenação justa e não exacerbada". 

O julgamento está inserido no programa da quinta etapa da Campanha Justiça pela Paz em Casa, que começou hoje e prevê o julgamento de 100 processos envolvendo vítimas e acusados de praticar violência doméstica.

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