Um estudo realizado recentemente pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, revelou que a metade dos átomos que compõem o nosso corpo humano podem ter vindo além da Via Láctea.
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Esses átomos teriam viajado para cá através de ventos intergaláticos conduzidos por grandes estrelas explosivas, como as supernovas, afirmam os astrônomos.
Depois de criar modelos 3D detalhados das galáxias, a equipe de Northwestern concluiu que as explosões poderosas de supernova podem atrair trilhões de toneladas de átomos no espaço com tanta ferocidade que escapam da atração gravitacional de sua galáxia nativa e se deslocam para vizinhos maiores, em grandes nuvens que viajam a centenas de quilômetros por segundo.
Considerada uma idosa celestial, a Via Láctea provavelmente se formou há cerca de 13 bilhões de anos. Seus blocos de construção foram pensados para serem continuamente reciclados, onde grande parte do hidrogênio e do hélio que cai nas galáxias formam novas estrelas, enquanto elementos mais pesados, criados em estrelas e dispersos nas detonações violentas, tornam-se a matéria-prima para a construção de cometas e asteroides, planetas e de vida.
"Mas nós não percebemos o quanto da massa de hoje da Via Láctea foi realmente roubada dos ventos de outras galáxias", revela o coautor do estudo, Claude-André Faucher-Giguère.
No fim das contas, como já dizia aquela música do cantor Moby, "We are all made of stars" (Somos todos feitos de estrelas, em tradução livre).
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