Mercado financeiro mantém estimativa de inflação em 3,85%

Publicado em 06/03/2019, às 19h49
Dinheiro | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Dinheiro | Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Folhapress

Instituições financeiras estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deve permanecer em 3,85% neste ano. A informação consta do boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC), com projeções de instituições para os principais indicadores econômicos. As informações são da Agência Brasil.

Para 2020, a previsão para a inflação permanece em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração na estimativa: 3,75%.

A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Para controlar a inflação e alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano até o fim de 2019. Para o final de 2020, a estimativa é que a taxa chegue a 8% ao ano, permanecendo assim em 2021 e 2022.

A Selic, que serve de referência para a oferta de juros no mercado, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A manutenção da taxa, prevista pelo mercado financeiro para este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta estabelecida de inflação.

Ao reduzir os juros básicos, há tendência de diminuição do custo do crédito e incentivo à produção e ao consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa, objetiva conter a demanda aquecida encarecendo o crédito e estimulando a poupança e causam, assim, reflexos nos preços do mercado.

ATIVIDADE ECONÔMICA
A estimativa para a expansão de 2019 do Produto Interno Bruto (PIB) -soma de todos os bens e serviços produzidos no país- caiu de 2,48% para 2,30%. Para 2020, a estimativa de crescimento do PIB subiu de 2,65% para 2,70%. Em 2021 e 2022, a expectativa segue em 2,50% de aumento.

Nesta quarta-feira (6), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) também reduziu a estimativa de crescimento da economia brasileira para 2019, de 2,1% para 1,9%. Ainda assim, a entidade aponta que uma recuperação moderada da economia está em curso no país.

A previsão do mercado financeiro é que a cotação do dólar permaneça em R$ 3,70 no final deste ano e chegue a R$ 3,75 no fim de 2020.

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