Menino precisa de cirurgia após usar protetor solar 'vencido' e sofrer severas queimaduras

Publicado em 08/09/2024, às 17h25
Foto: Reprodução/Natalie Harvey
Foto: Reprodução/Natalie Harvey

Por Extra Online

Um menino de 10 anos teve que ser submetido a cirurgia após usar protetor solar provavelmente vencido e sofrer severas queimaduras nos ombros e nos braços durante as férias no fim de agosto em Cabo Verde.

O frasco foi comprado no resort onde a família inglesa de Hector Harvey estava hospedada.

"Pensamos em ficar no quarto, pois não tínhamos protetor solar e era nosso último dia de férias, mas ele (Hector) queria sair e brincar na piscina, pois tinha feito alguns amigos. Ficamos sem protetor solar, então meu parceiro Ben comprou um na loja do resort. Era fator 90 e pensamos 'Que ótimo, vai durar o dia todo'", disse Natalie Harvey, de 47 anos, ao "Nottingham Post".

As queimaduras em Hector não se desenvolveram até que a família estivesse no avião.

"Ele vomitou no avião e eu o estava resfriando com algumas toalhas e gelo", relembrou a inglesa.

Depois que pousaram no Aeroporto Internacional de Birmingham (Inglaterra) em 24 de agosto, Natalie ligou para o serviço de emergências médicas, e Hector foi levado ao Queen's Medical Centre. Boa parte do corpo do menino estava coberto por enormes bolhas.

"Ele tinha bolhas de 8cm de largura e cheias de água, foi horrível. Estávamos pensando no que tinha dado errado, pois ele estava usando protetor solar. Ele tinha todas essas bolhas e não conseguia se mover. Ficamos com medo de que elas estourassem", relatou Natalie.

Os médicos que cuidaram do menino acreditam que o protetor estivesse vencido mas acondicionado numa embalagem com data de validade em vigor ou tivesse algum defeito de fabricação. Ben, o parceiro de Natalie, que também usou o protetor, teve queimaduras, embora bem menos serveras.

Na manhã de 25 de agosto, Hector foi levado para a cirurgia a fim de que as bolhas pudessem ser estouradas e removidas com segurança. Depois de cerca de cinco horas, ele saiu da sala de cirurgia todo enfaixado.

"O que meu pobre filho passou é de partir o coração. Isso me destruiu, pois me culpei e me senti uma péssima mãe. Ele estava nadando com tubarões e viu tartarugas botando ovos e nascendo na praia, e isso estragou tudo para ele", desabafou a inglesa. "Isso estragou as memórias por causa do trauma que deixou em todos nós. Isso me fez sentir culpada e não querer pensar nas nossas férias, pois só penso no meu filho queimado", finalizou.

O caso está sendo investigado com o apoio da TUI, a empresa de turismo e hotelaria que levou a família para as férias no arquipélago africano.

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