Alvo de várias ações judiciais e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito em andamento no Senado Federal que apura responsabilidades da indústria no maior desastre ambiental da história de Alagoas, e um dos maiores do Brasil, a Braskem anda investindo forte na recuperação de prédios históricos no bairro de Bebedouro.
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Estaria tudo bem e seria uma iniciativa altamente louvável se Bebedouro não fosse um dos bairros mais prejudicados com o afundamento do solo causado pela mineradora – os outros são Pinheiro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol – com prejuízos incalculáveis ao patrimônio histórico, à cultura e à população, de modo geral.
A Braskem, talvez inconscientemente, está investindo um mínimo em relação aos prejuízos que causou, ainda mais para restaurar monumentos que vão fazer parte, certamente, de um bairro fantasma, já que boa parte dos moradores foi forçada a mudar de residência – com ou sem indenização pelos danos sofridos.
Por mais eficiente eu seja o trabalho de restauração, não parece lógico que alguém de bom senso se disponha a visitar ou habitar um bairro esvaziado, sem vida e sem perspectiva de futuro.
A empresa parece levar a sério a máxima do “me engana que eu gosto”…
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