Mazola valoriza empenho dos jogadores e quer enfrentar um Tupi pilhado em Juiz de Fora

Publicado em 06/11/2016, às 18h26

Por Redação

Satisfeito. Este foi o teor do discurso do técnico Mazola Junior após a vitória do CRB diante do Náutico. Evidente que ainda com pretensões ousadas para a reta final da Segunda Divisão. Mas o comandante regatiano valorizou a entrega dos jogadores dentro de campo e comemorou a vitória na “decisão” contra o time pernambucano.

“O CRB foi melhor do que o Náutico. Não deixamos o Náutico jogar. Taticamente fomos perfeitos. Matamos todas as jogadas deles e marcamos muito bem a bola parada que é muito forte. Penso que o mérito é da disposição tática, do estudo que fizemos, e da compreensão total que os jogadores tiveram. Vitória entusiasmante e empolgante, que vai nos motivar para buscar esse acesso”, afirmou.

Pelo curto tempo de preparação, o Galo já mira o próximo adversário: o Tupi, que hoje luta contra a zona de rebaixamento e está na penúltima colocação com 30 pontos, seis a menos do que o primeiro fora da zona, que é o Oeste. E este fator pode favorecer o CRB. Pelo menos é o que acredita o técnico Mazola, que quer um adversário pilhado em busca da vitória.

“É o jogo da vida do Tupi. Seria muito importante pra nós que isso acontecesse. Porque eles vão nos dar a arma do contragolpe, que é muito forte. O CRB jogando fora de casa com espaço é muito forte. É um jogo muito difícil”, pontuou.

O time não possui novos desfalques para encarar a equipe mineira. O duelo está marcado para a próxima terça-feira, 8, as 18h15, no estádio Municipal de Juiz de Fora. O Galo realiza um treino na segunda-feira pela manhã e embarca as 14h50 no aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. A equipe alvirrubra ocupa a 7ª colocação, com 52 pontos, quatro a menos do que o 4º colocado, o Bahia.

Confira outros trechos da entrevista do técnico Mazola:

Orientação no intervalo:

“Estávamos marcando muito bem, só que na hora de jogar cometemos um erro muito grande, que foi o afunilamento dos laterais para dentro do campo. E o Náutico tem muita dificuldade de marcar a beirada do gramado. Mas o Marcos estava jogando sozinho e, ao invés de fazer a triangulação, ele, o Roger e o Matheus, em cima do lateral esquerdo que está totalmente sem ritmo de jogo, eles estavam trazendo pra dentro. Estávamos facilitando a marcação deles. E procuramos mudar isso no segundo tempo, abrir mais e foi ai que conseguimos jogar”

Confiança do acesso mantida:

"O CRB vai subir de divisão. Lógico que fazendo a nossa parte, respeitando os quatro jogos que faltam. Mas estudando bem o calendário, tem um triangular entre Avaí, Náutico e Londrina. O Bahia tem dois jogos fora duríssimos. Todo o estudo que fizemos nos fez acreditar que o jogo do acesso seria esse do Náutico. Lógico que vamos ter que jogar e competir, vamos ter que usar uma arma que não usamos contra o Goiás e correu mal. Então, com todo respeito que nos merece, o CRB, vencendo os quatro jogos, vai subir de divisão".

Defesa não vazada:

“Nem me lembro mais o último jogo em que não tomamos gol. Marcamos muito. Ressaltando que jogamos com o, até então, melhor ataque do campeonato e não tomamos gol. Tudo isso é fruto da entrega e da garra que os jogadores tiveram, uma atitude competitiva que nessa fase do campeonato vai ser decisivo”.

Vaias no fim do primeiro tempo:

“Mais uma vez clamo para a torcida não vaiar. Não é o momento pra fazer isso. O momento é de apoiar e vir junto para conquistar o tão sonhado acesso. Essa equipe já foi vaiada demais dentro de casa. Isso tem que acabar, principalmente nestes dois últimos jogos que temos dentro de casa. Tem que abraçar a equipe”.

Curto tempo para o duelo contra o Paysandu:

“Fomos prejudicados mais uma vez. É aquilo que eu falo sobre como funciona essa divisão. Na nossa situação, é inadmissível jogar contra o Paysandu aqui na sexta-feira. Isso é uma das provas daquilo que eu falei do que acontecesse na Série B. Se o CRB está na luta direta pelo acesso, com rodada cheia na terça o CRB não pode jogar na sexta. O Bahia mudou jogo pra domingo e a CBF marca o jogo do CRB, temos uma viagem horrível pra Juiz de Fora, vamos chegar na quarta a tarde pra sexta a noite jogar com o Paysandu aqui. Tentamos de todos os jeitos mudar o jogo e não mudaram. Vocês nem imaginam o tamanho dessa guerra. Não posso falar tudo se não vou preso ou alguém manda me matar”.

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