Mauro Cid fica calado durante reunião na CPMI do 8 de Janeiro

Publicado em 11/07/2023, às 14h37
Portal Câmara dos Deputados
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Por Portal Câmara dos Deputados

O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro nos quatro anos de governo, acatou orientação de sua defesa e decidiu não responder às perguntas dos parlamentares durante depoimento nesta terça (11) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

O militar, que está preso desde maio, alegou que é objeto de oito investigações por parte do Poder Judiciário, principalmente pelo Supremo Tribunal Federal(STF). Ele depõe amparado por decisões do STF que garantem a ele o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo.

Em sua fala inicial, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro relembrou sua trajetória dentro das Forças Armadas e detalhou suas funções, reiterando que não participava de atividades relativas à gestão pública.

Ele acrescentou que a nomeação no cargo não teve ingerência política e que a ocupação da função é de exclusividade das Forças Armadas e não do presidente da República.

O tenente-coronel Mauro Cid também citou a orientação da Procuradoria-Geral da República de que sua prisão fosse revogada e o indeferimento desse pedido, reclamando que está preso há 70 dias.

Em relação às investigações dais quais é objeto, o militar declarou que eles vão além dos acontecimentos do 8 de janeiro, que ele classificou como “tristes episódios”.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), não teve respondidas perguntas sobre supostas falsificação de cartões de vacinação e movimentações financeiras envolvendo membros da família do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ela reclamou que o depoente não se manifestou sobre questionamentos que não estavam relacionados às investigações judiciais que pesam sobre ele, como a vinculação de funcionários da Presidência da República com empresas que teriam financiado atos golpistas.

O depoimento de Mauro Cid na CPMI prossegue no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.


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