Marx Beltrão: reajuste do STF é 'lamentável e inoportuno'

Publicado em 27/11/2018, às 10h21
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Por Assessoria

O deputado federal Marx Beltrão (PSD) criticou a decisão do presidente Michel Temer de sancionar o aumento salarial para os juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) e para a procuradora-geral da República. Hoje em R$ 33,7 mil mensais, os salários serão agora de R$ 39,2 mil. Estudos técnicos do Senado e do Congresso indicam que o impacto negativo nas contas do governo causado pelos aumentos pode alcançar R$ 6 bilhões por ano, graças ao chamado "efeito-cascata” decorrente dos novos vencimentos do STF.

“O presidente Temer sancionou o reajuste para ministros do STF. Em meu ver, uma decisão lamentável e inoportuna. Já alertei acerca da inconveniência deste aumento, que deve ter um impacto danoso de até R$ 6 bilhões nas contas públicas nacionais. Mesmo com o ministro Fux revogando o auxílio-moradia para juízes, o novo salário da magistratura vai causar um efeito cascata nocivo ao país. Em final de governo, fica a sensação de imprudência e de falta de sintonia com os anseios reais Brasil” afirmou Beltrão em sua conta de Instagram.

Há semanas o deputado divulgava o link de um abaixo assinado on line que pedia para Michel Temer vetar o aumento. O documento chegou a ter quase 3 milhões de assinaturas. Com a sanção presidencial, o ministro Luiz Fux, do STF, concordou em revogar o auxílio-moradia recebido pela magistratura. Ambas as medidas – reajuste para juízes e auxílio moradia – foram foco de intensas manifestações contrárias por parte de diversos segmentos da sociedade.

“É uma inversão de prioridades e no mínimo um contra-senso. Se a ordem é cortar despesas, não dá para compreender como o governo concede este reajuste. Várias faixas do funcionalismo nacional, principalmente as que hoje já ganham os maiores salários, também serão beneficiadas com este aumento, em um efeito cascata de proporções negativas para a economia. Enquanto isso, o salário mínimo tem reajustes pífios e as contas públicas seguem desequilibradas. É muito triste este cenário” afirmou o deputado e ex-ministro do Turismo.

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