Marinha nega que mancha detectada pela Ufal e UFRJ seja óleo

Publicado em 30/10/2019, às 09h50
Lapis / Ufal
Lapis / Ufal

Por Deborah Freire

A Marinha do Brasil negou que a mancha de mais de 300 km2 detectada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Ufal por meio de satélite europeu seja óleo. A área escura também foi registrada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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De acordo com a descoberta do Lapis, a mancha estaria uma distância de 54 km da costa do Nordeste, ao Sul da Bahia, e pode levar à origem do vazamento que afeta praias em todo o litoral nordestino.

No entanto, a Marinha informou ao TNH1 que foram feitas avaliações da área e, segundo especialistas, a mancha possui diversas características, podendo ser nuvem, fenômeno da ressurgência no mar ou outros. "Foram quatro avaliações para confirmar: consulta aos especialistas da ITOF (Fundo Internacional para Poluição de Petroleiros), monitoramento aéreo e por navios na região e por meio de satélite", declarou por meio de nota.

O órgão ainda afirma que o episódio exige "constante avaliação" e no "tempo que for necessário". "É importante frisar que a gravidade, a extensão e o ineditismo desse crime ambiental exigem constante avaliação da estrutura e dos recursos materiais e humanos empregados, no tempo e quantitativo que for necessário".

UFRJ

Um grupo de pesquisadores da UFRJ localizou a mesma mancha encontrada pelos pesquisadores da Ufal. Eles apenas divergem em relação às medidas da mancha, que segundo a  UFRJ teria 200 km², mas afirmam igualmente que se trata de óleo.

"O radar é muito sensível a ver rugosidade e lisura. O óleo é muito liso em comparação com a água do mar, que tem ondulações. Onde tem óleo, a água fica muito lisa. Esta é uma técnica consagrada para verificar se existe mancha de óleo", disse o professor José Carlos Seoane, em entrevista a O Globo.

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