A dona da voz mais ouvida do forró no Brasil não planejou ser cantora. Ela foi do sertão do Ceará a Fortaleza para ser compositora. Viveu meses de aperto, comendo só Miojo e salsicha. Foi chamada para um projeto autoral, que previa retorno em alguns anos, mas estourou no TikTok em poucos dias.
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Ao podcast g1 ouviu, Mari Fernandez, 22 anos, contou que o sucesso foi tão rápido que ela pediu aos empresários para fazer terapia para lidar com a pressão. Ela ainda tem acompanhamento psicológico a cada 15 dias.
"A música viralizou bem mais que eu", ela diz sobre "Não, não vou", que virou hit durante a pandemia, em 2021. "Ela ficou gigante e eu nem consegui acompanhar. Eu não esperava aquilo. Eu e meus sócios falamos: 'Caramba, agora temos uma responsabilidade. Não podemos ser artista de uma música só."
"É difícil estourar uma música, e mais difícil que isso é mantar uma carreira. Não é brincadeira. Sua vida pessoal acaba entrando dentro da carreira", diz a cantora cearense.
"Não é todo mundo que tem cabeça e psicológico para lidar com isso. Eu, no início, quase endoidava. Eu falei com meus sócios: 'ou vocês me colocam na terapia para eu assimilar tudo ou eu vou endoidar', porque é tudo muito novo para mim."
"Eu não conseguia assimilar tudo o que tinha acontecido. Chegava fã chorando, abraçando. Como essa pessoa me ama se eu nem conheço ela? Tudo demorou muito para acompanhar", ela lembra.
Atualmente, Mari Fernandez é a voz mais ouvida do forró no Brasil. Ela está acima de Wesley Safadão, João Gomes, Xand Avião e outros artistas do estilo nos rankings semanais do Spotify e do YouTube.
"Hoje costumo dizer que a carreira começou agora. Agora que estou começando a entender a responsabilidade, a entrega de cada coisa, o que eu preciso dizer em cada situação. O que aconteceu nesses dois anos foi um treino. Eu vou entrar para o jogo mesmo agora", diz Mari Fernandez.
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