Marechal Deodoro decreta luto de três dias por morte de Nelson da Rabeca

A Prefeitura de Marechal Deodoro informou que vai decretar luto de três dias pela morte do músico e instrumentista Nelson da Rabeca. A homenagem, no entanto, será publicada no Diário Oficial do Município da próxima segunda-feira, 25.

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O município, por meio da Secretaria de Cultura e Preservação do Patrimônio Histórico, lamentou o falecimento do mestre popular nas primeiras horas desta sexta-feira (22). "Um dos maiores nomes da cultura alagoana, Seu Nelson tinha 81 anos e era conhecido nacional e internacionalmente pela desenvoltura com o instrumento que carregava em seu nome", mostra trecho da nota.

Considerado patrimônio vivo do estado desde 2009, Nelson da Rabeca morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, em Maceió, onde tinha dado entrada na noite de quinta-feira (21) com dores no estômago e problemas de pressão. A causa da morte, no entanto, ainda não foi divulgada.

Antes de ser levado ao HGE, o músico deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Marechal Deodoro. 

Leia a nota da prefeitura de Marechal:

"A Prefeitura de Marechal Deodoro, por meio da Secretaria de Cultura e Preservação do Patrimônio Histórico, lamenta o falecimento do músico e instrumentista Nelson da Rabeca, ocorrido nas primeiras horas desta sexta-feira (22). Um dos maiores nomes da cultura alagoana, Seu Nelson tinha 81 anos e era conhecido nacional e internacionalmente pela desenvoltura com o instrumento que carregava em seu nome.

Natural de Joaquim Gomes, Nelson dos Santos veio para Marechal Deodoro na década de 60 para trabalhar na agricultura, e desde então se apaixonou por nossa terra e nossa gente. Morador do bairro da Poeira, ele se apaixonou pelo violino ao ver o instrumento sendo tocado na TV aos 56 anos, e decidiu criar o seu próprio. Como ele mesmo fazia questão de contar, esculpiu uma rabeca de um tronco de Jaqueira e dela passou a extrair o timbre maravilhoso.

A partir de então, se tornou Nelson da Rabeca. Autodidata, nunca estudou música, mas isso não o impediu de produzir mais de 6 mil rabecas artesanais e várias músicas que encantaram artistas de todos os ritmos. Dono de um imenso carisma, ele sempre recebia a todos com um adorável sorriso, ao lado de dona Benedita da Silva, a Dona Biu, sua esposa e parceira musical.

Mestre rabequeiro e Patrimônio Vivo de Alagoas desde 2009, teve dez filhos (um falecido), trinta netos e cinco bisnetos".