A vitória sobre o Brasil-RS em Pelotas, na última quinta-feira (5), encerrou a sequência do CSA de cinco jogos sem vencer. Após a partida, o técnico Marcelo Cabo concedeu entrevista coletiva no Estádio Bento de Freitas, elogiou a atuação do time e elegeu o lateral-esquerdo Rafinha, autor do segundo gol e da assistência para o gol de Daniel Costa, como o cara do jogo.
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"Vou falar que fico mais feliz pelo Rafinha. No último jogo em casa ele não foi bem. A torcida vaiou. Tiveram algumas pessoas que criticaram muito o Rafinha e o grupo. Acho que a resposta se dá dentro do campo. Para mim, o Rafinha foi o cara do jogo. Uma assistência e um gol. É um menino que vem trabalhando. Todo mundo tem seu dia mau. Ele teve lá. Mas tem minha confiança, como todo o grupo", opinou o treinador marujo.
Os três pontos conquistados fora de casa levaram o Azulão aos 25 pontos e ao segundo lugar na tabela. Cabo explicou como definiu a estratégia para superar o adversário gaúcho em Pelotas.
"Sabia da dificuldade que ia encontrar aqui. Toda vez que vier jogar com o Brasil aqui, a dificuldade é muito grande. Só que a gente elaborou um planejamento de marcar forte, marcar pressão, não deixar o Brasil jogar. Sabemos que se ele ganhar campo, ganhar cancha, é muito forte no último terço do campo. Foi a estratégia que elaboramos".
A delegação do CSA sai de Porto Alegre às 17h desta quinta e faz escala em Brasília. A previsão de pousar em Maceió é por volta de 23h40. O próximo desafio do time alagoano na Série B do Campeonato Brasileiro é com o Sampaio Corrêa na próxima sexta (13), às 21h30, no Estádio Rei Pelé.
Veja outros trechos da entrevista.
Daniel Costa e Walter
"O Walter é um cara que vem nos surpreendendo. Eu já o conhecia do Atlético-GO, fui eu que contratei ele para o Atlético, trouxe para cá. O Walter é muito de grupo. Ele fez os dois últimos jogos. O Daniel entrou bem no último jogo. Aqui eu não precisava de um meia-atacante, mas um meia armador, como o Daniel, que pudesse circular a bola e construir o jogo para os três atacantes. É diferença de característica".
(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)
"Como diante do Coritiba eu precisava de um meia-atacante, que a gente não fazia gols há muito tempo. A gente precisava pisar bem na área. Lá foi a estratégia com o Walter, hoje com o Daniel. Mas o Walter é um cara que vem trabalhando. Nos últimos dois meses perdeu sete quilos, vem se doando. É um dos mais motivados que ficam no banco, nos incentivando o tempo todo. Vai nos ajudar".
Juan
"Como o Juan também. Chegou agora, fez seu segundo jogo no banco. Carece um pouco mais de ritmo de jogo. O Juan só aguenta no máximo 30 minutos. Como o campo estava pesado e o jogo se desenhou para muita competitividade nos últimos 20 minutos, optamos por colocar jogadores com mais característica de marcação, mais competitivo, que são Yuri, Dawhan e Roger".
Mudança tática no fim
"Onde optamos pelo final por um 5-4-1 porque o Brasil começou a alçar muita bola na área e o Sciola começou a ter muita liberdade. Coloquei o Dawhan, que é um exímio marcador e tem boa saída, boa bola aérea para pegar a diagonal contrária. O Dawhan conseguiu bloquear ali o Éder Sciola e a gente conseguiu se ver muito bem com a entrada do Roger mudando do 4-2-3-1 para um 5-4-1".
(Foto: Letícia Martins / EFFE Press)
Vitória fora de casa
"Sabíamos que podíamos surpreender o Brasil aqui se viéssemos marcar forte para jogar. Geralmente as equipes que vêm jogar aqui, vêm muito retraídas. A força do Brasil aqui dentro coloca o adversário para o primeiro terço do campo e ele não consegue sair dali. Tipo uma areia movediça. A gente criou uma estratégia contrária".
"Minha equipe joga da mesma forma no Rei Pelé e fora de casa quando a gente tem a situação para isso. Por exemplo, contra Paysandu e Ponte Preta não pude jogar assim. Tive 68 horas de um jogo para o outro. Lá tive que baixar linha, jogar um jogo reativo para que minha equipe conseguisse suportar as duas partidas. Mas hoje não. Tivemos uma semana bem trabalhada, a equipe completa, com boas opções no banco. Acabamos premiados com uma importante vitória diante de um difícil adversário".
Críticas
"São pessoas externas que querem trazer qualquer tipo de confusão para dentro do CSA. Um ou outro da imprensa que tenta criar um ambiente de conturbação. Mas o ambiente do CSA é maravilhoso. O presidente Rafael Tenório, Raimundo Tavares, Fabiano Melo estão sempre apoiando o nosso trabalho".
"Mas às vezes querem jogar um pouquinho de nitroglicerina dentro do CSA. Mas o grupo é muito forte. Não admitimos isso. Trabalhamos calados e o resultado tem que vir dentro de campo. A maioria maciça da imprensa nos apoia o tempo todo, prestigia o nosso trabalho. O CSA está há 11 rodadas no G-4. Não consigo entender que tipo de reclamação ou crítica pode haver com o CSA. Um time que está há 11 rodadas no G-4, nossa situação é muito boa".
(Foto: Divulgação / CSA)
"Temos 25 pontos em 14 rodadas. Temos uma média de quase dois pontos por jogo. Média muito boa. Estamos focados e concentrados. Nossas respostas às críticas é dentro de campo com trabalho e silêncio. Essas situações adversas, como estávamos há cinco jogos sem vencer, revertemos com silêncio e trabalho e muita honestidade aqui no nosso trabalho".
Objetivos
"Temos uma primeira meta muito bem fundamentada, que são os 45 pontos. Disso não abro mão. Antes do nosso primeiro jogo com o Goiás, criamos uma meta de 45 pontos. Diante dessa meta, assim que a gente alcançá-la, vamos pensar na segunda meta, que é uma possibilidade de acesso. Mas sabemos o quanto é difícil alcançar 45 pontos dentro da Série B".
"Se temos 25 pontos e nos faltam 20 antes de acabar o primeiro turno, é mérito desses jogadores guerreiros, que estão comprando a ideia do trabalho. Mas nossa meta principal do CSA, elaborada pelo presidente Raimundo Tavares e Rafael Tenório é chegar aos 45 pontos. Onde a gente alcançar ela, vamos ver o que a competição nos proporciona para a gente buscar. Mas a meta é a permanência na Série B. Porque aí vamos ter um 2019 planejado, com tranquilidade, como o CSA faz, trabalha com planejamento".
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