Na semana em que a apresentadora Hebe Camargo completaria 92 anos, o filho único dela, Marcello Camargo, revela, em entrevista ao programa A Noite É Nossa desta quarta-feira, dia 10/3, histórias curiosas e emocionantes da mãe, que faleceu em setembro de 2012, deixando um país inteiro comovido e órfão de seu talento e da sua alegria de viver. A matéria foi realizada pela repórter Fabiana Oliveira.
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Aos 55 anos, o filho único da apresentadora, Marcello, é agora responsável pelo legado da mãe. O primo e empresário, Cláudio Pessutti, que cuidava de todos os negócios da família, faleceu em janeiro deste ano, vítima de Covid-19. Foi ele quem fez a gestão da carreira de Hebe e trabalhou como braço direito da tia por décadas, inclusive acompanhando a apresentadora em momentos importantes da vida profissional, como, por exemplo, sua saída do SBT. “Quando minha mãe optou por alguém da família para cuidar da carreira dela, eu era muito novo e não tinha conhecimento para assumir uma coisa tão importante como aquilo. E o Cláudio, que era mais velho, já tinha mais bagagem de vida. Naquele momento, foi a pessoa certa”, relata.
Em 2011, após 24 anos com seu programa no ar, Hebe deixou o SBT para assinar um contrato com a Rede TV. A saída de Hebe virou um grande acontecimento na história da televisão brasileira e gerou muitas especulações nos bastidores. “Foi uma surpresa, né? Para a minha mãe foi muito difícil porque ela tinha muito amor pelo SBT. Ninguém entendeu”, desabafa Marcello Camargo.
Em 2012, após rescisão com a nova emissora, a família Abravanel tentou trazer Hebe de volta ao SBT. “Um pouco antes da minha mãe falecer, a Daniela Beyruti [filha de Silvio Santos] esteve conosco e falou para ela: ‘Está na hora de você voltar para casa. Você quer fazer o quê? Mensal, semanal, quinzenal, diário... você escolhe’. Foi uma coisa importante para minha mãe porque ela nos deixou estando empregada.
Mesmo que fosse ‘só de boca’ , mas era no SBT, que inevitavelmente era a casa que ela mais amava", revela.
De acordo com Marcello Camargo, as demonstrações de carinho de Silvio Santos por Hebe eram sempre comemoradas por ela. “Uma relação de profunda admiração e profundo respeito profissional. Me lembro que minha mãe estava no hospital, fazendo quimioterapia, e o Silvio ligou. Ela arrancou todos os fios, lá no hospital mesmo, de tanta alegria que ela sentiu com aquele telefonema”.
Ainda sobre Silvio, Marcello conta que a empresária e amiga Lilian Gonçalves narrou a ele um momento que o comoveu. “No velório da minha mãe, o Silvio estava ao lado da Lilian Gonçalves. E ela diz que, na beira do caixão, ele pediu perdão [para a Hebe]. E aí falou depois: ‘Ela me perdoou’”, afirma Marcello sobre o pedido de perdão de Silvio, em referência ao período final da vida de Hebe, em que ela se tornou apresentadora de outra emissora. Após o pedido de perdão no velório, o dono do SBT deu um selinho em Hebe.
Marcello ainda revela uma paixão platônica que a mãe sentiu pelo Rei Roberto Carlos, rebate o mito da coleção de 20 carros importados que Hebe supostamente mantinha em sua mansão no Morumbi, em São Paulo, e critica situações mostradas na cinebiografia “Hebe”, de 2019. “Eu vi cenas ali que eu falei: ‘Isso não existe’. Eu me senti muito chateado, me senti ferido realmente porque minha mãe odiava uísque. No filme, ele está o tempo inteiro com um copo de uísque na mão. Minha mãe jamais bebeu no camarim ou no trabalho, jamais deu vexame em algum lugar, como em uma cena mostrada no filme com ela, a Nair e a Lolita. Eu não consegui ver aquilo, me revoltou demais”, desabafa.
Durante a entrevista, o filho ainda ouve de amigos da mãe histórias curiosas, como a de um acidente de avião que quase matou Hebe na década de 1980, e também descobre como está o Fendi, um cão da raça galguinho italiano e um dos preferidos de Hebe. Hoje, o cachorro com quem a apresentadora dividia a própria cama é cuidado por uma antiga funcionária dela.
No palco do programa, Antônia Fontenelle participa, ao vivo, do quadro “Bola Fora”, em que terá que falar sobre polêmicas da vida e carreira em busca do prêmio final de R$ 50 mil. Outra atração da noite é o cantor Pablo do Arrocha, que passará por várias surpresas no palco. O A Noite é Nossa foi até a cidade de Candeias, no interior da Bahia, para refazer os passos do rei da sofrência antes da fama, além de visitar o Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo, lugar que transformou a carreira musical do artista.
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