por Edson Moura
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Como sempre acontece, os consumidores de Maceió não demoraram muito para sentir o aumento do preço dos combustíveis nos postos. Ontem já havia a confirmação que o aumento viria hoje por conta do retorno da cobrança dos impostos federais com PIS e Cofins, mas o que se viu foi um aumento ainda maior que o anunciado.
Apesar da redução de R$ 0,13 no litro anunciado pela Petrobras nas refinarias, em muitos postos o consumidor não só não viu essa redução, como também teve que engolir um aumento de R$ 0,60 no litro da gasolina. Isso é muito mais que os R$ 0,47 previstos pelo Governo Federal com o retorno da cobrança dos impostos.
Veja o exemplo desse posto na Av. Tomáz Espíndola, uma das principais da capital. Logo cedo, às 7h30 da manhã o valor cobrado pelo litro da gasolina comum ainda era R$ 4,99. Já às 14h o preço cobrado já era R$ 5,59 como podemos ver nesses registros:
O aumento acima do previsto também já pode ser constatado em outros postos da capital. Veja abaixo que R$ 5,59 já é a média de preço cobrada em Maceió. O menor preço ainda vendido é R$ 4,98 e o maior R$ 7,09.
O que causa estranheza, é que mesmo tendo liberdade para cobrar o preço que achar justo com base em seus custos, os postos devem explicações aos consumidores.
Aumento veio das Distribuidoras
Nossa reportagem procurou alguns proprietários de postos para tentar entender a justificativa do aumento. Um deles, que preferiu não se identificar, explicou que o aumento acima do anunciado aconteceu por parte das distribuidoras e os postos só repassaram o valor para sobre os valores cobrados pelos postos.
Segundo esse proprietário, como o anúncio só aconteceu no final da tarde de ontem e a publicação no Diário Oficial da União demorou para acontecer, as distribuidoras fizeram o reajuste com base nos próprios cálculos.
Além disso a redução anunciada de 0,13 centavos se refere ao valor da gasolina A, que não tem mistura com etanol. Na prática a redução seria de cerca de 0,09 centavos na gasolina C, a vendida nos postos.
O TNH1 teve acesso a um documento da principal distribuidora do país que mostra o valor cobrado no dia 27/02 de R$ 4,64 e o valor cobrado no dia 01/03/23 de R$ 5,28 pelo litro da gasolina nas distribuidoras. A diferença é de R$ 0,68 centavos a mais, veja:
O que diz o Sindicombustíveis-AL
Oficialmente, o sindicato que reúne os postos enviou a seguinte nota:
“O Sindicombustíveis-AL informa que sempre foi favorável à desoneração dos impostos dos combustíveis. A entidade, porém, compreende a preocupação do Governo Federal com a arrecadação tributária e vê como positiva a cobrança dos impostos não terem retornado em sua totalidade, ou seja não retomar aos patamares anteriores à desoneração.
Ressaltamos que a flexibilização da carga tributária sobre os combustíveis é um pleito antigo da categoria, uma vez que o cenário de combustíveis com preços mais baixos aumenta o consumo, consequentemente, os postos de combustíveis precisarão de menos capital de giro; reduzindo, também, a concorrência desleal, já que os produtos com impostos reduzidos diminui a atratividade para o sonegador.”
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Procon já recebe reclamações
Alguns reclamações já começaram a chegar ao Procon, que pode solicitar planilhas dos postos que justifiquem o aumento.
As reclamações podem ser feitas no Procon Alagoas no número 151 ou 82 98876-8297 e no Procon Maceió pelos números (82) 98882-8326 / 0800 082 4567
Reportagem: Edson Moura
Atualizada às 17h04
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