Mães descobrem troca de filhos três anos após nascimento, em Arapiraca; polícia investiga

Publicado em 11/12/2024, às 12h01
Troca aconteceu em fevereiro de 2022, no Hospital Regional de Arapiraca - Foto: Assessoria
Troca aconteceu em fevereiro de 2022, no Hospital Regional de Arapiraca - Foto: Assessoria

Por Eberth Lins

Duas crianças trocadas no dia do nascimento são criadas por outras famílias no interior de Alagoas. A verdade só veio à tona três anos depois. A história, que parece ficção, aconteceu no Agreste de Alagoas. 

A história começa em fevereiro de 2022, quando duas mulheres chegaram para dar à luz no mesmo dia no Hospital Regional de Arapiraca (HRA). As gestantes eram uma de Craíbas e outra de São Sebastião, essa última grávida de gêmeos, que voltou para casa com a criança da outra paciente, enquanto um dos gêmeos foi parar em Craíbas, onde mora com a mãe não biológica desde então.

Polícia investiga

Procurada pelo TNH1, a Polícia Civil de Alagoas (PCAL) confirmou, nesta quarta-feira (11), que há um inquérito instaurado para investigar a troca dos bebês, que hoje têm quase três anos. A investigação foi iniciada a pedido do Ministério Público Estadual (MPAL), que foi procurado por uma das mães das crianças trocadas.

“Recebemos o ofício do Ministério Público pedindo para que fosse instaurado o inquérito policial por uma troca de bebês em Arapiraca, no Hospital Regional. Iniciamos as apurações, já foram ouvidas testemunhas, enfermeiros, médicos, funcionários e essa investigação segue em curso", detalhou a delegada responsável pelo caso, Maria Fernandes Porto.

A Polícia afirma que o caso está sendo apurado com rigor, "garantindo a integridade da investigação e justiça para todas as partes envolvidas". 

"Até o momento, não temos indício de crime que tenha porventura acontecido, mas estamos em andamento porque é uma investigação muito detalhada. São dois anos após o fato, então temos que tratar o caso minuciosamente para que tudo seja esclarecido e esse inquérito seja remetido à Justiça", acrescentou a delegada.

A reportagem também tentou falar com o Hospital Regional de Arapiraca, mas não conseguiu contato até a publicação deste material, deixando espaço aberto para resposta.

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