Cuidar do filho pequeno após ele contrair herpes labial na creche trouxe complicações inesperadas e devastadoras para a mãe australiana Talitha Akamarmoi. A transmissão do vírus resultou em ceratite por HSV, uma grave infecção ocular que selou seus canais lacrimais e exigiu a implantação de um tubo de vidro para drenar suas lágrimas. “Tenho um tubo de vidro no olho porque um pai ou responsável tomou a decisão descuidada de mandar seu filho para a escola com herpes labial,” disse Talitha em um vídeo que viralizou no TikTok.
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Ela relatou que seu filho, então com 12 meses, ficou muito doente após contrair o vírus na creche. Durante os cuidados com o bebê em casa, Talitha sofreu uma pancada no olho, que facilitou a infecção. “O vírus causou tantos danos permanentes e formou tecido cicatricial que bloqueou completamente meus canais lacrimais,” explicou.
Além dos danos físicos, Talitha enfrentou custos médicos elevados e mudanças significativas na rotina. “A dor física e as inúmeras cirurgias impactaram minha capacidade de trabalhar e até mesmo de enxergar por um tempo. Isso mudou completamente minha vida,” afirmou.
Ela acredita que os pais da criança infectada enviaram-na à creche por não terem condições financeiras para se ausentar do trabalho. “Eles provavelmente acharam que não era um problema, mas a decisão custou caro para mim e para meu filho,” lamentou.
Debate nas redes sociais
O relato de Talitha gerou uma ampla discussão nas redes sociais, com muitos usuários chocados pela gravidade do caso. “Eu não sabia que uma simples herpes labial podia causar tanto dano,” comentou um seguidor.
Outros, porém, destacaram os desafios práticos de manter crianças em casa durante o longo período contagioso do vírus, que pode durar até duas semanas. “Se eu precisasse faltar ao trabalho toda vez que meu filho tivesse herpes labial, perderia metade do ano letivo,” disse um internauta.
Educadores também apontaram que, em muitos lugares, o herpes labial não está na lista oficial de doenças que exigem exclusão escolar, a menos que a criança não consiga manter uma higiene adequada.
Casos graves reforçam o alerta
Apesar das dificuldades citadas, diversas histórias destacaram a seriedade do herpes labial. “Meu filho teve herpes simplex aos dois anos e precisou ficar uma semana no hospital com tubos de alimentação e exames invasivos,” relatou uma mãe.
Talitha reforçou seu alerta: “Não é ‘apenas uma herpes labial’. As pessoas precisam entender o impacto que isso pode ter na vida de outras famílias.”
Recomendações para os pais
O Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (NHMRC) da Austrália afirma que 20% das crianças serão infectadas pelo vírus herpes simplex até os cinco anos. Embora crianças com herpes labial possam frequentar creches ou escolas, é essencial que as feridas sejam cobertas com curativos à prova d’água e que a higiene das mãos seja rigorosa. “Decisões conscientes podem evitar que outros passem pelo que eu passei,” concluiu Talitha, reforçando a importância de tratar o herpes labial com seriedade.
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