Mãe reencontra filho entregue para adoção 18 anos depois em um supermercado

Publicado em 27/03/2025, às 18h40
Foto: Reprodução/Today.com
Foto: Reprodução/Today.com

Por Revista Crescer

Amanda Rector estava no auge do vício quando deu à luz seu segundo filho, Hunter, em 2004. O bebê nasceu dependente de opioides e foi imediatamente retirado de seus cuidados, assim como já havia acontecido com seu filho mais velho, Jameson. Sem um berço, cadeirinha de carro ou qualquer estrutura para recebê-lo, Amanda sabia que não poderia levar o filho para casa.

“Eu me odiava por usar drogas enquanto estava grávida”, conta Amanda ao TODAY.com. “Quando Hunter nasceu, ele estava tão desconfortável... Meu coração partiu, mas eu simplesmente desliguei. Se olhasse para ele por muito tempo, começaria a doer e eu não podia lidar com essa dor.”

Na época, Amanda vivia com um namorado abusivo e recusou a oferta de passar mais uma noite no hospital. Dias depois, enquanto o acompanhava ao pronto-socorro devido a um abscesso no braço causado pelo uso de heroína, ela percebeu que estava no mesmo hospital onde Hunter ainda estava internado.

Ao entrar no elevador rumo ao berçário, Amanda viu seu próprio reflexo no espelho: cabelo caindo, pele coberta de hematomas e marcas de agulha. Por um momento, pensou em desistir, mas decidiu seguir em frente.

“Uma enfermeira me reconheceu e, com os olhos cheios de compaixão, me levou até um quarto escuro com uma cadeira de balanço. Assim que ficamos a sós, comecei a sussurrar para ele: ‘Sinto muito. Esta não sou eu. Sinto muito que esta seja sua vida’”, relembra Amanda.

A separação e o recomeço

Quatro meses depois, Hunter foi adotado legalmente por uma família da cidade. Pouco tempo depois, Amanda foi presa por assalto à mão armada e condenada a cinco anos de detenção, dos quais cumpriu dois anos e meio.

Na prisão, Amanda encontrou um caminho de recuperação. Participou de reuniões dos 12 Passos, entrou para o coral e se agarrou à fé. Antes de ser libertada, enviou uma carta aos pais adotivos de Hunter para que soubessem que frequentaria uma igreja diferente da do seu pai biológico, evitando um encontro inesperado. Nunca recebeu resposta.

Mesmo sem contato, houve pequenos momentos em que Amanda viu Hunter de longe. Em uma caminhada beneficente contra o câncer, ela o reconheceu pelo cabelo ruivo brilhante e a pele clara. “Jameson e eu ficamos observando enquanto ele dançava ao som de uma música alegre. Senti uma paz tomar conta de mim, como se Deus estivesse dizendo: ‘Ele está feliz’”, diz Amanda.

Ela nunca se aproximou. Escrevia cartas para Hunter, mas nunca as enviava. “Não era da minha conta”, justificava.

O reencontro inesperado

Quando Hunter tinha 18 anos, Amanda estava no mercado e notou Jameson, hoje com 21 anos, conversando com uma adolescente. “Ela perguntou qual era o nome dele e quando ele respondeu, ela apontou para o corredor e disse: ‘Esse é seu irmão’”, disse a mãe.

"Eu fiquei sem palavras. Eu não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. Eu não sabia se ele ficaria bravo comigo e me xingaria. E eu teria ficado bem com isso", afirmou. Para a sua surpresa, eles se cumprimentaram com um abraço caloroso. “Eu soltei primeiro porque não queria deixá-lo desconfortável, mas ele continuou me abraçando. E então nós simplesmente sentamos lá e conversamos um pouco", lembrou.

Gostou? Compartilhe