Mãe nega ter "emprestado" bebê para homem pedir esmola, diz polícia

Publicado em 05/06/2019, às 15h23
Rafael Alves/TV Pajuçara
Rafael Alves/TV Pajuçara

Por João Victor Souza

Um dia após o suposto "empréstimo" de um bebê de seis meses virar caso de polícia, a mãe da criança procurou o Conselho Tutelar da 8ª Região para negar a informação e afirmar que não tinha conhecimento do caso. Nessa terça-feira (04), um homem de 38 anos confessou ter usado a criança para pedir esmola em transportes coletivos de Maceió, com o objetivo de sensibilizar as pessoas. 

O conselheiro tutelar Luiz Henrique Marcelino informou à reportagem que a mulher esteve no Conselho acompanhada pelo esposo e destacou que deixava o bebê com o homem, pois tanto ela quanto o companheiro trabalhavam durante o dia e não tinham condições de deixar a criança numa creche. 

“Ela chorou e disse que não estava alugando o filho. Ela e o marido afirmaram que não sabiam que ele fazia isso. A mulher disse que ele usou de má fé”, disse Marcelino. Ele confirmou que a criança segue no abrigo e só deve deixar o local após decisão judicial.

Ainda segundo ele, o relatório do Conselho já foi confeccionado e vai ser entregue ao Ministério Público nos próximos dias. "Nós ouvimos o homem, ouvimos a mãe, e agora a Justiça vai decidir se o menino volta a ficar com a mulher ou não", completou. 

Após a conversa com o Conselho, a mãe e o pai foram encaminhados para a Delegacia de Crimes Contra Crianças e Adolescentes (DCCCA), onde prestaram depoimentos. 

O TNH1 entrou em contato com o chefe de operações da DCCCA, Alan Barbosa, que confirmou que o casal esteve na delegacia nesta manhã e negou ter conhecimento sobre o "uso" do menor. De acordo com ele, novas diligências podem acontecer, mas não poderia adiantar detalhes do depoimento dos dois.  

A reportagem tentou contato por telefone com a delegada Adriana Gusmão, titular da DCCCA, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.

O homem que teria usado o bebê prestou esclarecimentos na Central de Flagrantes I, no bairro Farol, na tarde de ontem. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado e ele vai responder por infração de menor potencial ofensivo.

Saiba mais sobre os casos de exploração infantil na reportagem da TV Pajuçara:

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