Uma mulher é suspeita de “emprestar” o filho de seis meses para um homem usá-lo para pedir esmolas, com o objetivo de sensibilizar as pessoas. A informação foi passada para o TNH1 pelo Conselho Tutelar da 8ª Região, que atua no Conjunto Graciliano Ramos, em Maceió. O caso foi denunciado à polícia e deve ser investigado.
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Segundo o conselheiro tutelar Luiz Henrique Marcelino, a situação foi encaminhada pelo Conselho da região III, com área no bairro Farol, após denunciantes levarem o órgão até a identificação do homem de 38 anos. Como os envolvidos moram na parte alta da capital, o caso foi encaminhado para o Conselho da 8ª região.
Marcelino contou para a reportagem que conversou com o homem nesta terça-feira (4) e ele declarou que estava com a criança a pedido da mãe, que teria saído para trabalhar.
“Inicialmente ele mostrou tranquilidade e disse que a mulher não fazia isso [sobre emprestar o filho]. Ele disse que, como é amigo dela, a mãe deixava a criança aos seus cuidados, pois teria que trabalhar fazendo faxina durante o dia. Mas, ele entrou em contradição durante a conversa e deu a entender que ela era conivente com a situação”, disse.
O homem também revelou que vende balas em transportes coletivos e, como estava sem dinheiro para comprar as mercadorias, usou o bebê ao menos três vezes para convencer a população a lhe ajudar.
“Ele colocava a criança no braço e entrava nos ônibus para pedir esmola. Ele usou de má fé e possivelmente os passageiros do coletivo acionaram o Conselho para fazer essa denúncia, pois é uma criança de colo ainda”, continuou.
O conselheiro tutelar afirmou que ainda não localizou a mãe para ouvi-la, mas o caso já foi levado para a polícia. Nesta tarde, o homem prestou depoimento na Central de Flagrantes I, no bairro Farol. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado na delegacia e o homem vai responder por infração de menor potencial ofensivo.
O Conselho Tutelar também informou que adotou uma medida protetiva ao bebê e o levou para uma casa de acolhimento enquanto a situação é esclarecida. O órgão pretende acionar o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) para definir quem vai ficar com o menino.
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