A mãe de Ana Beatriz Silva de Oliveira, bebê sequestrada nesta sexta-feira (11), em Novo Lino, na Zona da Mata de Alagoas, prestou novo depoimento à polícia no fim desta tarde. A criança, de apenas 15 dias, foi raptada dos braços dela em um ponto de ônibus, às margens da BR-101, e desde então está desaparecida.
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No primeiro depoimento, durante o período da manhã, a mãe de Ana Beatriz disse que um dos criminosos desceu do veículo, apontou a arma para ela e tomou a criança à força. O grupo fugiu em seguida pela rodovia federal em direção ao estado de Pernambuco.
Um suspeito de envolvimento no sequestro foi detido no início da tarde, no estado vizinho. Ele foi encaminhado para a delegacia de Vitória de Santo Antão e depois direcionado para o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Novo Lino. Ele será ouvido pela polícia.
"Houve um trabalho da Polícia Militar de Pernambuco, onde foi realizado um trabalho de abordagem a um veículo que teria sido usado no sequestro. O condutor desse veículo foi levado para a Delegacia de Vitória de Santo Antão. O delegado de lá entendeu que não havia, naquele momento, elementos suficientes para entender que ele teria participado do sequestro. Diane disso, as nossas equipes foram até o estado de Pernambuco e está trazendo essa pessoa para ser ouvida aqui no Cisp", completou Igor Diego.
Um veículo, que supostamente teria sido usado no sequestro, também foi apreendido. O Corsa Classic preto estava com placas frias.
Polícia não descarta tráfico de crianças
A Polícia Civil de Alagoas acredita que o sequestro da bebê Ana Beatriz foi premeditado e não descarta que o rapto esteja ligado ao tráfico de crianças. Em entrevista à reportagem da TV Pajuçara, o escrivão da Delegacia Regional de Novo Lino, Giuseppe Antônio, contou que a mãe da bebê não teve contato com estranhos durante o parto. Em depoimento à polícia, ela também disse que não reconheceu os sequestradores.
"Nós conversamos com a mãe da bebê, que disse que não teve nenhum contato com estranhos durante o parto ou no hospital onde a criança nasceu. Sabemos que existe tráfico de crianças e não descartamos essa possibilidade. Ela ainda nos disse que saiu do hospital em uma ambulância logo após o nascimento da criança, indo direto para casa, sem contato com pessoas diferentes. Achamos estranho o carro passar onde ela estava no momento em que ela esperava pelo transporte do outro filho, que estava indo para a escola. Acreditamos que esse sequestro foi premeditado", disse o escrivão.
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