Mãe celebra renascimento do filho após um ano da primeira cirurgia de traqueostomia realizada pelo SUS em Alagoas

Publicado em 01/04/2025, às 11h12
Luís Miguel foi paciente da primeira cirurgia do Programa Respirar - Foto: Cortesia Ascom Sesau/ Marco Antônio
Luís Miguel foi paciente da primeira cirurgia do Programa Respirar - Foto: Cortesia Ascom Sesau/ Marco Antônio

por Eberth Lins

Publicado em 01/04/2025, às 11h12

Luís Miguel da Silva Bento, de 08 anos, nasceu em 2016, mas tem a vida celebrada também numa segunda data. Ele nasceu prematuro de seis meses e ficou muito tempo intubado, o que provocou o fechamento da traquéia, de modo que ele não conseguia respirar sem oxigênio.

No próximo dia 05 de abril, a família do menino comemora um ano do renascimento da criança, quando ele passou por uma cirurgia de reconstrução laringotraqueal. Antes, o menino respirava através de uma cânula e levava a vida cheia de limitações. A mãe dele, Eliane da Silva, fala com emoção sobre a mudança na vida da família após a cirurgia, a primeira do tipo, realizada em Alagoas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

"Era algo que pra mim era impossível, mas pra Deus é possível. Essa cirurgia não fazia pelo SUS e o valor era mais de 100 mil reais, se fosse particular, então a gente não teria condições, mas graças a Deus, o Projeto Respirar surgiu para nos ajudar e mudar a vida de muitas crianças, a exemplo do Luís Miguel", comemora a técnica em enfermagem, que deixou o trabalho para se dedicar exclusivamente aos cuidados com o filho.

Luis Miguel, de 08 anos, após quase um ano da cirugia

"Dia 05 fará um ano da cirurgia, o dia que nossas vidas mudou, o dia que começamos a respirar aliviados e dois meses depois da cirurgia, dia 14 de junho 2024, ele tirou a cânula e continua bem respirando pelo seu narizinho", lembra Eliane, que orgulhosa enviou à redação um vídeo do filho fazendo parte de uma apresentação escolar; assista:

75% DOS ALAGOANOS APROVAM SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO

Uma pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Ibrape, entre os dias 15 e 17 de março, aponta que 75% dos alagoanos avaliam que a saúde pública no estado melhorou ou se manteve estável durante a gestão do governador Paulo Dantas.

A pesquisa, que entrevistou 2.626 pessoas em 52 municípios de diversas regiões de Alagoas, revelou que 43% dos entrevistados consideram que a situação da saúde se manteve estável, enquanto 32% acreditam que houve uma melhora. Por outro lado, 23% apontaram que a saúde pública piorou, e 3% dos participantes não expressaram opinião sobre o tema.

A alta na aprovação é resultado de uma série de investimentos, a exemplo do Programa Respiraram, que possibilitou a cirurgia do pequeno Luís Miguel. Hoje meu filho está muito bem, tomando banho de chuveiro e de piscina, na escola está mais envolvido nas aulas e participando das atividades de educação física. Antes tudo era limitado, muitas coisas ele não podia fazer, mas isso ficou no passado graças a Deus e toda equipe do Respirar da Sesau [ Secretaria de Estado da Saúde ] e ao governo do estado", comemora Eliane Silva.

Questionada sobre a avaliação para a saúde, ela responde: "Muito boa, em qualquer lugar as coisas não são 100%, seja na saúde, na educação,mas a gente está acompanhando a cada dia as coisas melhorar, vejo empenho do estado sempre buscando mais qualidade de vida para as pessoas que mais precisam, temos bons programas de saúde, equipe qualificadas e excelentes profissionais.

O Programa Rapstar estabeleceu Alagoas como pioneiro no Brasil ao garantir a realização de cirurgias de traqueostomia em crianças com dificuldades respiratórias. Em apenas oito meses de operação, mais de 211 crianças foram atendidas pelo projeto. A iniciativa é coordenada e financiada pela Secretaria de Estado da Saúde e é oferecida no Hospital da Mulher (HM), localizado no bairro Poço, em Maceió.

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