A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) de Maceió já retirou das galerias de águas pluviais nos primeiros quatro meses do ano 1.316 toneladas de entulhos. Somente no mês de abril, a quantidade de lixo chegou a 447 toneladas.
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Nesta terça-feira (7), a Defesa Civil registrou 135 mm nas últimas 24h. Segundo o órgão, esse volume representa 45% do que é esperado para todo o mês de maio.
Para amenizar os impactos causados pelas chuvas, a Seminfra tem atuado em diversas frentes como reconstrução, recuperação, implantação e limpeza de galerias de forma preventiva. Mas, nos dias de chuva, as equipes não param e saem às ruas focadas na manutenção do sistema, especialmente nos pontos de alagamentos da capital.
De acordo com o coordenador de drenagem da Seminfra, Gabriel Rodas, a obstrução de galerias por descarte irregular de resíduos nas ruas é uma das principais causas de alagamentos nas cidades.
A desobstrução de galerias é realizada com equipamentos tecnológicos avançados de limpeza do sistema, como os caminhões de hidrojateamento, que permitiram que a Seminfra retirasse, somente em 2023, mais de 3 mil toneladas de lixo de dentro das galerias.
O investimento nos caminhões de hidrojato potencializou a capacidade da Seminfra em retirar as sujeiras que obstruem as galerias, pois eles fazem uma varredura e sucção, alcançando resíduos que não poderiam ser retirados apenas manualmente. O aumento da quantidade de entulhos retirados em 2023 foi de 200% em relação a 2022. Esse é um mecanismo inédito utilizado pela Prefeitura de Maceió.
Neste ano, somente em janeiro foram retiradas 386 toneladas de entulhos, em fevereiro 245, em março 238 e em abril 447 toneladas de lixo de dentro do sistema de drenagem. Os trabalhos de desobstrução consistem não só nas tubulações, como também nas caixas coletoras, poços de visitas, bocas de lobo, canaletas, que são equipamentos complementares da rede de drenagem.
Sistema de drenagem na capital
A capital alagoana é dividida em duas macrodrenagens: sendo uma na parte alta e outra na parte baixa da cidade. A primeira estava prevista para receber uma obra de macrodrenagem no Tabuleiro do Martins pelo governo do Estado, o que até hoje não foi concretizado. A parte baixa tem um sistema antigo, datado da década de 1950, possuindo tubos ainda de cerâmicas, que são menos resistentes. Atualmente, quando a Infraestrutura Municipal vai realizar a substituição dos tubos, o órgão já insere os de PEAD, que são mais resistentes e duradouros", explicou o gestor da Seminfra, Lívio Lima.
Segundo explicou o secretário, com o crescimento populacional desordenado, as principais ações de drenagem só eram realizadas pontualmente.
"Ainda na parte baixa, a influência do lençol freático e a cota do nível do mar interferem no rápido escoamento, quando ocorrem chuvas torrenciais. Também a drenagem da parte alta é antiga, datada da década de 1990, quando houve a implantação de conjuntos habitacionais", detalhou.
Atualmente, a Seminfra também tem atuando na implantação de pavimentação e drenagem, com contratos já assinados e ordens de serviços já assinadas em ruas do Village Campestre, São Jorge, Riacho Doce e novo sistema na Durval de Góes Monteiro e Menino Marcelo.
Em alguns pontos crônicos, como a Rua da Soldado Eduardo, o histórico de alagamentos ocorre por causa do colapso da rede de drenagem que é muito antiga. Para resolver essa situação, a Seminfra executou projeto da drenagem da via, englobando as bacias próximas e já licitou a obra.
Em paralelo, técnicos da Seminfra estão desenvolvendo um projeto macro para atender todos os pontos que ainda necessitam de reforma e que não têm funcionalidade em sua limpeza, devido ao elevado grau de deterioração de suas estruturas.
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