Maceió: agentes de endemias dão início à greve após negociações não avançarem com a Prefeitura

Publicado em 10/10/2022, às 09h00
Arquivo TNH1
Arquivo TNH1

Por TNH1

Os agentes de endemias e os agentes comunitários de Saúde iniciaram, nesta segunda-feira, 10, uma greve por tempo indeterminado depois de as negociações não avançarem com a Prefeitura de Maceió para a implantação do novo piso salarial, instituído pela emenda 120 de 2022, com a correção dos planos de cargos e salários para a categoria.

O presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas (Sindacs), Nelson Cordeiro, informou à reportagem, nesta manhã, que o Município não atendeu às reivindicações dos profissionais de saúde e não houve avanço depois de dois meses de diálogo. Nesse período, os agentes chegaram a ocupar o prédio das secretarias de Economia e de Gestão por seis dias, como também realizaram uma manifestação que bloqueou os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima no fim do mês passado.

"Mais uma vez tentamos o diálogo com a prefeitura e nada avançou. Então decidimos pela greve, com aprovação dos agentes de endemias e comunitários, que teve início nesta segunda. Hoje, o movimento vai ter uma parte ausente dos serviços, mas respeitando a legislação em que uma outra parte vai trabalhar", disse o presidente do Sindacs.

"Na terça-feira, de manhã, vamos realizar um ato pacífico para chamar a atenção do poder público. Será um protesto no segundo dia de greve, onde queremos uma resposta da Prefeitura, uma sinalização de que a negociação pode avançar", complementou Cordeiro.

O TNH1 entrou em contato com a Prefeitura de Maceió e a matéria será atualizada assim que o Município se posicionar sobre a greve dos agentes.

Protestos dos agentes - No dia 31 de agosto, os agentes de endemias e comunitários de Saúde ocuparam o prédio onde funcionam as secretarias de Economia e de Gestão, na Rua Doutor Pedro Monteiro, no Centro de Maceió, e ficaram no edifício por seis dias. Com o ato, os atendimentos dos órgãos foram suspensos e apenas retornaram no dia 8 de setembro.

Logo após manifestação do TJ, o grupo respeitou a decisão judicial que ordenou a desocupação e deixou o local. A principal reivindicação do protesto foi a mesma da greve deflagrada hoje. "Estamos cobrando nosso plano de cargos e carreiras. O piso salarial dos agentes de saúde é de dois salários mínimos, e isso tem que ser observado no início de carreira, como temos direito como todos os servidores públicos, que tem progressões, titulações, méritos... A forma com que o prefeito de Maceió implantou no salário foi só um complemento, e estamos no prejuízo desde maio", destacou Adeilton Ferreira, presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas, durante a ocupação.

Os trabalhadores voltaram a se reunir em assembleia no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), no último dia 29, onde foi deliberada uma greve após 72 horas. À época, somente 30% do efetivo dos profissionais foi mantido.

O protesto foi motivado, entre outros pontos, por um desconto nos salários dos profissionais referente ao período em que a categoria esteve mobilizada em atos para cobrar recomposição salarial por parte da Prefeitura. Além disso, os agentes dizem que não tiveram desconto das contribuições este mês. 

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