Vamos de segundo turno. Se a expectativa de muitos era ver seu presidente eleito neste final de semana, a realidade mostrou que não será tão simples assim. As eleições presidenciais somente serão decididas no fim do mês.
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Depois de algumas horas de atraso na votação em vários estados, com registro de pessoas votando até depois das 18:00, a contagem nacional final registrou confirmou Lula e Bolsonaro na disputa para o segundo turno.
A diferença de quatro pontos percentuais entre Lula e Bolsonaro ficou muito destoante do que as pesquisas eleitorais dos principais institutos brasileiros estavam mostrando.
Ipec (ex-Ibope) e DataFolha chegaram a publicar, na noite anterior às eleições, uma diferença de 14% entre os candidatos. Paraná Pesquisas e Equilíbrio Brasil se aproximaram mais do percentual final.
CONFIRA AQUI A APURAÇÃO COMPLETA DOS VOTOS.
Uma surpresa: A candidata Simone Tebet, do MDB, ficou em terceiro lugar, à frente de Ciro Gomes, um choque para o cearense e também para as pesquisas. A queda foi grande, considerando que, em 2018, ele teve +10 milhões de votos.
O petista venceu em 14 estados, enquanto Bolsonaro venceu em 12 e no DF. Destaque para a cor de Minas, que sempre é decisivo, além de Amapá, Tocantins e Amazonas, onde Jair havia ganhado em 2018.
O mais acirrado de todos. Historicamente, essa é a menor diferença entre candidatos em um segundo turno no Brasil. O mais próximo, em termos de distância, foi o de 2006, quando Lula e Alkimin — então adversários — finalizaram o 1º Turno com gap de 6,7%.
Mais votos que antes. Bolsonaro conseguiu um pouco menos de 51 milhões de votos ontem, o que em números absolutos, é mais do que os 49 milhões que ele conseguiu quando foi eleito.
Elementos chaves no 2º turno - A abstenção. Mais de 20% dos brasileiros aptos a votar — cerca de 32 milhões — deixaram o dever cívico de lado no último domingo. Essa foi a maior taxa desde 1998. O curioso é que, no ano de 2018, a abstenção no primeiro turno foi de 29 milhões de eleitores, enquanto no segundo turno, ela ficou ainda maior, crescendo quase 10% de um turno para o outro.
Brancos e nulos representaram pouco menos de 5% dos votos válidos neste domingo, o que é menor do que no primeiro domingo das últimas eleições, quando bateram quase 10%.