A conta do presidente Lula (PT) no X, o antigo Twitter, publicou uma mensagem de celebração às indicações do filme "Ainda Estou Aqui" a três categorias do Oscar: melhor filme, melhor atriz e melhor filme estrangeiro.
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Na postagem, o presidente manda um beijo para a atriz Fernanda Torres, que interpreta a protagonista Eunice Paiva, e para o diretor do longa, Walter Salles.
"A turma de 'Ainda Estou Aqui' já pode pedir música. Três indicações ao Oscar: melhor filme estrangeiro, melhor atriz e, olha, MELHOR FILME. Quanto orgulho!", diz o post.
A turma de “Ainda Estou Aqui" já pode pedir música. Três indicações ao Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz e, olha, MELHOR FILME. Quanto orgulho! 🇧🇷 Beijo para Fernanda Torres e Walter Salles.
— Lula (@LulaOficial) January 23, 2025
Lula já havia manifestado apoio a Torres anteriormente, quando a atriz foi indicada ao Globo de Ouro e vencedora da categoria, no início do mês. O presidente publicou uma foto com ela em suas redes sociais em torcida para a brasileira e chegou a telefoná-la para parabenizar pela conquista.
O petista também se referiu a Fernanda Torres como "orgulho do Brasil" após a vitória. Na ocasião, o presidente publicou um vídeo em que ele e a primeira-dama, Janja, abraçam Torres, em encontro recente.
Esta é a primeira vez desde a criação da premiação, em 1927, em que um filme brasileiro concorre ao Oscar na categoria melhor filme e a segunda em que uma atriz brasileira é indicada à categoria melhor atriz.
Com isso, o filme se torna o quinto a disputar na categoria de longa internacional - o primeiro foi "O Pagador de Promessas", em 1963, seguido de "O Quatrilho", em 1995, "O Que É Isso, Companheiro?", em 1998, e "Central do Brasil", também de Salles, em 1999.
A indicação à melhor atriz, por sua vez, só foi ocupado uma vez na história da premiação, por sua mãe, Fernanda Montenegro, com seu papel em Central do Brasil (1998).
Dando vida à advogada Eunice Paiva e viúva do deputado federal Rubens Paiva, morto na ditadura, Torres já conquistou o Globo de Ouro na mesma categoria no início deste mês.
O BRASIL NO OSCAR - As indicações de "Ainda Estou Aqui" à maior premiação internacional de cinema já vinham sendo especuladas e confirmadas com os anúncios oficiais desta quinta pela manhã. A divulgação dos nomes cotados foi adiada duas vezes devido aos incêndios em Los Angeles.
A categoria de melhor filme já contou com participações brasileiras no passado com coproduções como "O Beijo da Mulher-Aranha", de 1986, dirigido pelo brasileiro Héctor Babenco, com a atriz Sônia Braga, mas falado majoritariamente em inglês, e ainda nos créditos de produção de "Me Chame pelo seu Nome", em 2018, que teve como um de seus produtores o brasileiro Rodrigo Teixeira.
"Ainda Estou Aqui" disputa em três categorias, uma menos em comparação às indicações de "Cidade de Deus", de 2004. O longa concorreu às estatuetas de melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia, mas sem a indicação a filme internacional.
A primeira vez que o Brasil apareceu na premiação da Academia foi como coprodutor do filme francês "Orfeu Negro", que levou a estatueta de melhor filme estrangeiro em 1960. Mas o primeiro longa nacional a se destacar foi "O Pagador de Promessas", que disputou a mesma estatueta em 1963, após ganhar a Palma de Ouro.Na categoria, o hiato só seria quebrado em 1996, com a indicação de "O Quatrilho", seguido de "O Que é Isso, Companheiro?", em 1998, e "Central do Brasil", em 1999. Agora, o intervalo de 26 anos foi quebrado por "Ainda Estou Aqui".
Já em 2016, "O Menino e o Mundo" de Alê Abreu levou o Brasil à categoria de melhor filme animado, enquanto, em 2020, "Democracia em Vertigem", de Petra Costa, destacou o país na categoria de documentário.
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