Ao discursar pela sua candidatura, a deputada Luiza Erundina (Psol-SP) ressaltou que é necessário uma nova Câmara para um novo tempo. Segundo ela, esse é um momento histórico para o Parlamento fazer justiça com as mulheres no Brasil, que nunca comandaram uma das Casas (Câmara ou Senado) devido à baixa representação.
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“Além de injusta, essa situação ajuda a degradar a imagem do Brasil no cenário internacional. Represento também as mulheres e as frentes progressistas que resistem ao atraso e ao conservadorismo que pretende ameaçar conquistas democráticas”, afirmou. Ela também criticou o impeachment de Dilma Rousseff.
Erundina prometeu, se eleita, uma “mudança radical” na conduta da Casa. “Na nossa presidência, o povo ocupará o lugar que lhe cabe na sua Casa, sem grades e outros obstáculos para que eles possam pressionar pacificamente pelas propostas”, observou.
A candidata disse que é preciso discutir questões que são de “real interesse do País”, como a reforma política, a reforma tributária, a regulamentação dos dispositivos constitucionais sobre comunicação social, a reforma agrária e urbana.
Quanto ao andamento dos trabalhos, prometeu fortalecer o trabalho das comissões e a participação do Colégio de Líderes.
“Qualquer que seja o resultado, esta sessão entrará para a história por substituir um deputado que fez uma gestão desastrosa para o País”, opinou.
Carreira política
Deputada há cinco mandatos, Erundina é suplente da atual Mesa Diretora. Ela ingressou no Psol neste ano. Já foi filiada ao PT (1980-1997) e ao PSB (1997-2016). Foi prefeita de São Paulo de 1989 a 1992, além de vereadora (1983 a 1987) e deputada estadual (1987 a 1988). Também foi ministra da Administração Federal no governo Itamar Franco (1993).
A deputada foi a 9ª a registrar candidatura à presidência da Câmara após a renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de presidente.
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