A direção do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) informou na tarde desta terça-feira, 18, que a morte do menino Carlos Miguel Ferreira do Nascimento, de apenas 10 anos de idade, foi causada por Síndrome Infecciosa Febril "a esclarecer". O garoto deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro dos Martins, parte alta de Maceió, na segunda-feira, 17, com dor de dente e faleceu ainda no local.
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"Foi colhido paralelamente material histopatológico e enviado para o Lacen para o diagnóstico definitivo. Na declaração de óbito entregue à família consta causa clínica (causa natural)", comunicou o SVO em nota.
Além dele, Isabelly dos Santos, de 07 anos, deu entrada na mesma UPA no último dia 02 com febre e dores no corpo, foi atendida e recebeu alta. Dias depois, a menina voltou a passar mal e retornou à UPA onde foi novamente liberada pela equipe médica. Insatisfeitos, após a segunda alta, familiares levaram a menina ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde ela morreu logo em seguida.
"A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que determinou a apuração dos fatos relacionados aos atendimentos dos pacientes I.T.S., de 7 anos, e C.M.F.N., de 10 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tabuleiro, e que tomará as medidas cabíveis, caso necessárias, após a conclusão do processo", disse a Sesau em nota.
Ministério Público cobra explicações - Ao TNH1, o promotor de Justiça Magno Moura, que está atuando no caso enquanto presidente do Conselho Estadual de Defesa Direitos Humanos, informou que é preciso entender "o absurdo de uma criança entrar na unidade com dor de dente e evoluir para óbito".
"Tomamos a decisão de acompanhar esse caso e vamos requerer que o Conselho Regional de Medicina e de Enfermagem façam uma visita técnica à localidade para verificar se estão sendo seguidos os protocolos adequados para atendimento à população infanto-juvenil e se encontram algum tipo de irregularidade para que possamos notificar a Secretaria de Estado da Saúde [responsável pela administração da UPA]", disse Magno Moura.
Inicialmente, o caso está sendo investigado pelo delegado Alcides Andrade, mas será repassado ao delegado Oldemberg Paranhos, titular do 5º Departamento de Polícia (5º DP).
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