A Justiça do Rio de Janeiro tornou réu e manteve a prisão do estudante de medicina Yuri Moura Alexandre, 29 anos. Ele é acusado de agredir o ator Victor Meyniel no último dia 2. Alexandre espancou o ator, e as agressões foram registradas por uma câmera de segurança do prédio onde ambos viviam, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.
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A decisão foi divulgada em publicação oficial nesta sexta-feira (15), dois dias após o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) formalizar denúncia por lesão corporal, injúria por homofobia e falsa identidade. Se condenado, Alexandre pode pegar até 15 anos de prisão.
Na publicação, a 27ª Vara Criminal da capital, que acatou a denúncia, também definiu para o dia 7 de novembro a primeira audiência sobre o caso. Além de Alexandre, a corte vai definir o futuro de Gilmar José Agostini, porteiro do prédio que presenciou as agressões e nada fez. Agostini foi indiciado pela polícia por omissão de socorro.
"Por ora, a manutenção do decreto prisional também se sustenta por conveniência da instrução criminal, de modo a garantir a integridade física e psicológica da vítima que será ouvida em juízo e a higidez dos depoimentos das demais testemunhas", ressaltou o juízo na publicação oficial.
Na denúncia que gerou o processo judicial, o MPRJ também acusa Alexandre de falsidade ideológica. Segundo o órgão, o agressor teria "falsificado sua identidade com o intuito de obter vantagens pessoais, alegando, quando detido pelas autoridades policiais, ser um militar da Aeronáutica".
O ator alega que passava um tempo com o estudante de medicina quando o comportamento do rapaz mudou com a chegada da amiga, que, segundo ele, estava de plantão no dia, o que possibilitava a presença de Meyniel no apartamento. Alexandre se tornou agressivo e teria empurrado a vítima para fora do apartamento.
Na portaria, Meyniel teria perguntado o que ocasionou a mudança de comportamento de Alexandre. "O que aconteceu, ninguém sabe que você é gay?", teria dito o ator. Em seguida, Alexandre espancou Meyniel.
De acordo com o jornal O Globo, a colega de apartamento do agressor, a médica Karina de Assis, 29 anos, disse à polícia durante depoimento que na manhã do crime foi "importunada" e ameaçada por Alexandre. A defesa do Alexandre ainda não se pronunciou sobre a decisão da Justiça.
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