Justiça nega pedido para flexibilizar prisão domiciliar de empresário que atropelou e matou PM

Publicado em 15/02/2024, às 16h40
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Por Theo Chaves

A Justiça de Alagoas negou o pedido para flexibilizar a prisão do empresário Edson Lopes da Rocha, acusado de atropelar e matar a policial militar Cibely Barboza Soares, em Arapiraca, em outubro de 2023. A decisão foi publicada pelo juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara de Arapiraca, nesta quinta-feira (15). 

O pedido havia sido protocolado pela defesa do empresário, que justificou que ele precisava se deslocar externamente para trabalhar e visitar a própria mãe, que estaria doente. 

Ainda na decisão, o magistrado deu parecer desfavorável ao pedido protocolado pela defesa da vítima, que havia registrado um ofício de expedição à Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) para verificar se o acusado estaria ou não usando tornozeleira eletrônica.

Sobre a petição protocolada pelo assistente de acusação [advogado da vítima] para que o Estado de Alagoas realizasse uma nova perícia médica no empresário, o juiz convocou o Ministério Público e a defesa do empresário para manifestação, que deve ser realizada no prazo de cinco dias.

Policiais e profissionais do Samu são intimados a depor  - Militares do 3° Batalhão da Polícia Militar de Alagoas e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-AL) foram intimados pela Justiça de Alagoas, no último dia 29, a depor no processo que investiga a morte da policial militar Cibely Barboza Soares. Cibely foi atropelada, juntamente com o marido, enquanto praticava ciclismo na AL-220, em Arapiraca, em outubro de 2023. O acusado de atropelar o casal é o empresário Édson Lopes da Rocha, que virou réu pelo crime de homicídio doloso

A determinação de intimar novas testemunhas do caso foi proferida pelo juiz Alberto de Almeida, da 5 ª Vara de Arapiraca. Na decisão, o magistrado cita que os policiais militares, que estiveram na ocorrência do atropelamento, devem prestar depoimento após pedido feito pelo assistente de acusação [advogado das vítimas]. 

Já o pedido para que os profissionais do Samu-AL prestem depoimento foi feito pela defesa do empresário. Os advogados estariam tentando corroborar a tese de que não houve omissão de socorro às vítimas.

Ainda na decisão, o juiz Alberto de Almeida solicitou que o Samu-AL indique quem seria o comandante responsável pelo atendimento de emergência aos policiais atropelados e se foi utilizado pela corporação uma ou mais viaturas durante a ocorrência.

A previsão é de que as testemunhas prestem depoimento no dia 02 de abril, quando deve acontecer uma nova audiência de instrução do caso. Além dos policiais e dos profissionais do Samu-AL, testemunhas de defesa de Edson Lopes da Rocha também devem ser ouvidas.

O caso - Cibelly Barboza e o marido Gheymison do Nascimento, ambos policiais militares, faziam ciclismo no dia 14 de outubro do ano passado, quando foram atropelados por uma caminhonete preta em um trecho da rodovia AL-220, em Arapiraca. A mulher chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia. Já Gheymison do Nascimento foi socorrido e recebeu alta dias após o atropelamento.

O motorista da caminhonete foi identificado como Edson Lopes, um empresário da cidade de Arapiraca. Na presença de um advogado, o empresário prestou depoimento e negou o uso de bebidas alcoólicas. Ele ainda disse que não tinha visto ciclistas no acostamento da AL-220. 

Edson Lopes virou réu pela morte de Cibelly Barboza e aguarda o julgamento em prisão domiciliar. 

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