Justiça nega pedido de liberdade a prestador de serviço suspeito de estupro

Publicado em 23/02/2021, às 11h02
Imagem Justiça nega pedido de liberdade a prestador de serviço suspeito de estupro

Por TNH1

A Justiça não aceitou o pedido de relaxamento da prisão do prestador de serviço, suspeito de estuprar uma mulher no Residencial Maceió I, na Cidade Universitária, na última sexta, 19. Apesar da negativa, a defesa afirmou que outras medidas vão ser tomadas para restituir a liberdade do homem.

"Entendemos que não houve o flagrante. O meu cliente não foi pego com nenhum instrumento que pudesse ter relação com esse crime, nenhuma arma de fogo, nenhum objeto perfuro-cortante, ele estava apenas com a prancheta e a caneta na mão. A prisão foi baseada apenas na denúncia dessa suposta vítima", alegou o advogado Marcondes Costa.

Ainda segundo o que diz a defesa, teria havido a relação sexual, mas de forma consensual, sem a prática de violência. O advogado também destacou que o homem não tem passagem pela polícia e que não faria sentido o cometimento do estupro.

"É o que consta nos autos, e pelo depoimento da mulher já há coisas que não caracterizam violência sexual. O homem tem 39 anos, é um trabalhador, engenheiro civil, sem passagem pela policia. Ainda não recebemos o laudo do IML, mas a expectativa é de não ter comprovação de sinais de violência", afirmou.

Já o advogado da vítima, Lucas de Sena, comunicou à reportagem que há caracterização, no caso, de violência ou grave ameaça. Segundo ele, o homem teve o intuito de constranger a mulher a praticar atos aos quais ela não se dispôs voluntariamente.

"Esses requisitos estão presentes quando o referido indivíduo agarra a vítima por trás, tampa sua boca e a arrasta, violentado-a em seguida. Ainda, após o repugnante ato, ele a ameaça tentando coagí-la a não revelar o ocorrido. Nesse sentido, nos parece claro que a relação não foi de modo algum consensual, e sim indubitavelmente um estupro", disse, em nota, a defesa da mulher.

Homem iria verificar "gato"

A mulher disse à polícia que foi atacada pelo homem quando ele entrou na residência dela. Antes, o homem teria se apresentado, dizendo que estava a serviço da distribuidora terceirizada da Equatorial para verificar a existência de ligações clandestinas, conhecidas como "gato".

O homem chegou ao residencial acompanhado de um colega de trabalho, que não entrou no imóvel. 

O suspeito foi preso no Conjunto Eustáquio Gomes e conduzido à Central de Flagrantes, no bairro do Farol.

Equatorial solicitou afastamento de colaboradores

Em nota, a Equatorial informou que tomou conhecimento do caso por meio da empresa terceirizada e que está apurando a situação. A distribuidora de energia afirmou que já solicitou o afastamento dos colaboradores até que tudo seja esclarecido e irá acompanhar a investigação pelas autoridades policiais, uma vez que tem todo interesse na elucidação do caso.

Gostou? Compartilhe