Justiça mantém prisão de homem que matou esposa dentro de loja em Murici

Publicado em 31/07/2024, às 16h23
Foto: Reprodução
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Por Theo Chaves

A Justiça de Alagoas manteve a prisão preventiva do réu Jeferson Marcos Timóteo, acusado de matar a tiros a esposa, Janiere da Silva Barros, de 24 anos, dentro de uma loja do casal, em Murici, em novembro de 2023.  A decisão é da juíza Paula de Goes Brito Pontes, da Vara do Único Ofício de Murici.

Na decisão, a magistrada destacou a gravidade do crime e as razões que levaram à prisão preventiva do réu.

"Trata-se de homicídio qualificado por razões do sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, mediante uso de arma de fogo e praticado em local público, na presença de testemunhas, conforme demonstrado na decisão que decretou a prisão preventiva do acusado", citou a juíza.

Sobre a manutenção da prisão preventiva de Jeferson Marcos Timóteo, a juíza explicou que ela atende aos pressupostos gerais de cautelaridade e "ainda é necessária.

"A prisão preventiva deve ser mantida, pois atende aos pressupostos gerais de cautelaridade, posto que ainda é necessária, ao tempo em que também é adequada (art. 282, II, CPP), vez que leva em conta a gravidade do crime e as circunstâncias concretas do fato delitivo. Não se vislumbra, igualmente, a possibilidade, por ora, de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão, sendo recomendado que a prisão seja mantida ao menos até o deslinde da instrução criminal. Sob esse prisma, permanecendo válido o fundamento que ensejou a decretação da prisão preventiva, entendo que a manutenção da prisão é medida que se impõe", completou. 

O caso

  • Carla Janiere foi executada a tiros dentro de uma loja recém-inaugurada pelo casal, em novembro de 2023, no município de Murici. 
  • Todos os disparos atingiram ela na região da cabeça;
  • Antes de ser assassinada, Carla havia tido uma grave discussão com Jeferson e a briga foi filmada por uma funcionária da loja;
  • Nas imagens, Jeferson aparece bastante agressivo e acaba quebrando o balcão do estabelecimento;
  • No mesmo dia em que foi morta, Carla também chegou a enviar uma mensagem para a funcionária, identificada como Débora, dizendo que estava com medo da reação agressiva do marido. Na conversa, a empresária pediu para que Débora relatasse aos familiares o ocorrido; 
  • Após cometer o crime, Jeferson se escondeu no interior da loja e se fingiu de morto para tentar enganar os policiais, mas a farsa foi descoberta e ele acabou preso;
  • Jeferson Marcos Timóteo, que está preso desde o dia do assassinato, já foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por crime de feminicídio.

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