A Justiça alagoana liberou o empresário Edson Lopes da Rocha, acusado de atropelar e matar a policial militar Cibelly Barboza Soares, em Arapiraca, no último dia 14 de outubro, para passar as festividades de fim de ano em família. A decisão é do juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara de Arapiraca.
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No pedido protocolado à Justiça, a defesa de Edson Lopes havia solicitado uma flexibilização de prisão domiciliar, justificando que o empresário precisava se deslocar externamente para trabalhar e visitar a própria mãe, que estaria doente.
"Nessas circunstâncias, defiro parcialmente o pedido em questão, tão somente para ampliar o raio de distanciamento outrora aplicado em face do acusado Edson Lopes da Rocha, autorizando que o mesmo possa se deslocar, apenas de sua residência até a residência de sua genitora, no âmbito desta cidade, uma vez por semana, mediante comunicação prévia a este Juízo, bem como em comemorações e datas festivas (Natal, Ano-Novo, Aniversários, etc.), mantendo todas as demais restrições impostas", cita o magistrado.
Apesar de permitir que Edson Lopes aumente o raio de deslocamento e possa visitar a mãe, a Justiça negou o pedido de flexibilização para que o empresário possa frequentar o seu local de trabalho.
O caso - Cibelly Barboza e o marido Gheymison do Nascimento, ambos policiais militares, faziam ciclismo no sábado, 14 de outubro, quando foram atropelados por uma caminhonete preta em um trecho da rodovia AL-220, em Arapiraca. A mulher não resistiu aos ferimentos, chegou a ser socorrida, mas morreu no mesmo dia. Já o homem, que ficou internado até essa segunda-feira, 23, recebeu alta médica e foi homenageado pelos colegas de farda na saída do Hospital de Emergência do Agreste. Ele se emocionou bastante ao deixar a unidade hospitalar.
Cibelly Barboza e o marido, Gheymison do Nascimento. Foto: Arquivo Pessoal
O motorista da caminhonete foi identificado como Edson Lopes, um empresário da cidade de Arapiraca. Na presença de um advogado, ele se apresentou à polícia e negou o uso de bebidas alcoólicas. O empresário ainda disse que não viu os ciclistas no acostamento da pista.
A Justiça de Alagoas pediu a prisão temporária do empresário dois dias depois, na última quinta-feira, 19. A decisão, do juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, destacou que o empresário poderia comprometer a conclusão do inquérito estando em liberdade. O juiz justificou a decisão dizendo que o empresário possui muita influência na região, podendo dificultar ou até impedir que testemunhas prestem depoimentos. Após o pedido prisão temporária, Edson Lopes se apresentou à polícia.
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