Justiça decreta prisão preventiva de assassino confesso de Amanda Pereira

Publicado em 17/08/2022, às 14h56
Foto: Gisélia Santos/TV Pajuçara
Foto: Gisélia Santos/TV Pajuçara

Por TNH1

Nesta quarta-feira,  17, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) converteu para preventiva a prisão em flagrante de Jackson Vital dos Santos, ajudante de pedreiro, que confessou ter estrangulado a motorista de transporte por aplicativo Amanda Pereira, 27, na madrugada dessa última terça-feira, 16. O corpo de Amanda foi encontrado no Rio do Meio, no bairro de Benedito Bentes, na parte alta de Maceió.

A audiência de custódia de Jackson Vital dos Santos foi conduzida pelo juiz Ygor Figueirêdo, titular da 14ª Vara Criminal de Maceió. Segundo o magistrado, é considerada inadequada qualquer medida cautelar diversa da prisão do suspeito. "A prisão é necessária para garantia da ordem pública, em face da gravidade do crime e para evitar a reiteração criminosa", afirmou o juiz.

Jackson confessou ter estrangulado a vítima -  O ajudante de pedreiro, de 27 anos, foi preso na tarde desta terça-feira, 16, por matar a motorista de transporte por aplicativo Amanda Pereira. O homem, que contou ser autônomo e também fazer bicos como ajudante de pedreiro, admitiu que sufocou a vítima até a morte e que agiu com violência porque a mulher havia reagido ao assalto.

Logo após prestar depoimento à Polícia Civil, Jackson Vital conversou com a imprensa e destacou que, com os braços, segurou o pescoço de Amanda, ação conhecida como "mata-leão". Segundo o assassino confesso, a motorista de app teria ficado descontrolada ao ir para o banco de trás, depois de ser rendida, e mordido a mulher que participou do latrocínio.

"O intuito só foi assaltar os pertences dela. No momento, ela reagiu, colocamos ela no banco de trás e houve luta corporal. Ela mordeu a menina ao lado da gente e demos um garrote para ela desmaiar. Eu pensei que ela tinha desmaiado, mas no trajeto, eu dirigindo, ela ficou o tempo todo desacordada".

"Não tinha percebido que tinha matado ela. A gente não queria fazer nada com ela, só queríamos que ela fosse atrás e não reagisse. Só queríamos tirar os pertences do carro, dinheiro, telefone... Só isso", contou.

A morte de Amanda -  A motorista de transporte por aplicativo identificada como Amanda Pereira, de 27 anos, foi encontrada morta horas depois de desaparecer durante uma corrida entre as cidades de Rio Largo e Marechal Deodoro. O corpo dela foi localizado na madrugada dessa terça-feira, 16, no Rio do Meio, no bairro Benedito Bentes, em Maceió.

De acordo com familiares, Amanda estava no Conjunto Jarbas Oiticica, em Rio Largo, quando recebeu a solicitação e aceitou a corrida que tinha como destino a cidade de Marechal Deodoro. A motorista compartilhou a viagem com a família, que logo desconfiou quando a vítima usou um caminho diferente do habitual. O último contato que ela teve com o esposo aconteceu na tarde de ontem.

Outros dois suspeitos de participação estão foragidos -  Jackson Vital dos Santos, que confessou ter estrangulado a vítima, confirmou a participação de mais duas pessoas no assassinato. O casal, identificado como Yuri e Mari, esapareceram depois do latrocínio. Segundo o delegado Igor Diego, a família de Yuri também foi ouvida e admitiu a participação dos dois no crime contra Amanda.

A investigação da Polícia Civil apontou que Yuri e Mari teriam sentado no banco de trás do carro da vítima no início da corrida, e o homem anunciado o crime com um simulacro de pistola. Depois ele teria passado para o banco da motorista e dirigido o Voyage. Já Mari e Jackson teriam ficado atrás e agredido Amanda que reagia ao roubo. 

Mari, inclusive, foi a responsável por solicitar a corrida por aplicativo. Ela usou dados pessoais de uma moradora do estado da Bahia para fazer o cadastro de passageiro no aplicativo e se passar por outra pessoa para cometer o crime. Como a vítima só atendia passageiras mulheres, aceitou a corrida que tinha como destino Marechal Deodoro.

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