A Justiça de Alagoas decretou, nesta quinta-feira (19), a prisão temporária do empresário que atropelou uma casal de PMs, no último sábado (14), em um trecho da AL-220, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas. A decisão é do juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca. O atropelamento acabou matando a policial identificada como Cibely Barboza Soares, de 31 anos, e deixou o marido dela, Gheymison do Nascimento Porto, em estado grave.
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Na decisão, o magistrado destacou que o empresário, que se apresentou à polícia e foi liberado na noite dessa última terça-feira (17), poderá comprometer a conclusão do inquérito estando em liberdade. O juiz justificou a decisão dizendo que o empresário, identificado como Edson Lopes, possui muita influência na região, podendo dificultar ou até impedir que testemunhas prestem depoimentos.
Em nota encaminhada à imprensa, na manhã desta quinta-feira (19), o empresário negou que teria omitido socorro e que estaria alcoolizado no momento do acidente. Segundo o que foi divulgado, o conteúdo do posicionamento oficial seria o mesmo que foi repassado durante o depoimento, no qual alegou que o acidente foi causado porque o carro à frente dele teria obstruído a visão, e não deu tempo de frear e evitar a colisão. Edson estaria voltando de um almoço em família, não havia consumido bebida alcoólica e mantinha velocidade regular.
“O empresário prestou sim socorro à vítima, acionando sua filha, enfermeira, que chegou no local para ajudar e permaneceu auxiliando as equipes de atendimento que já estavam na cena do acidente. Em seguida, dirigiu-se até o Hospital de Emergência do Agreste para onde as vítimas foram levadas”, consta na nota.
Carro conduzido por empresário era de outra pessoa - Em entrevista à TV Pajuçara, nessa terça-feira, o delegado Edberg Sobral, que está à frente das investigações, disse que o proprietário do veículo entrou em contato com a polícia para informar que o carro dele estava com outra pessoa. Segundo o delegado, o condutor do veículo seria um empresário de Arapiraca.
"Nesse domingo (15), um dia após após o atropelamento, identificamos o condutor. Ele não é o proprietário do veículo, inclusive o proprietário do carro ligou para a polícia para informar essa situação. De imediato, durante as investigações, conseguimos identificar o condutor. A partir de agora serão realizadas oitivas e vamos ouvir testemunhas, além de colher o depoimento desse condutor", explicou Sobral.
Sobre um possível indiciamento do motorista do veículo, Sobral disse que a conduta do suspeito deve corroborar por um provável indiciamento. "Incialmente, o que será feito é diferenciar se trata de um homicídio culposo ou doloso, o que pode influenciar em uma possível pena. O que vamos avaliar e repercutir é a conduta desse motorista. Ele ingeriu bebidas alcoólicas, dirigiu em uma velocidade excessiva, atropelou duas pessoas em uma faixa de acostamento e se evadiu do local sem prestar socorro. Isso tudo será materializado pela investigação e pode acarretar em um possível homicídio doloso", completou o delegado.
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